As formações políticas Movimento Patriótico para a Democracia (MPD) e Partido Unido de Moçambique da Liberdade Democrática (PUMILD) distanciam-se do grupo que declarou publicamente o seu apoio ao candidato presidencial do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango. Na semana passada, um grupo de cerca de 25 partidos políticos extra – parlamentares convocou a imprensa para anunciar publicamente o seu apoio incondicional a Daviz Simango, por considerá-lo o candidato certo para governar o país. Contudo, dois partidos arrolados na lista dos apoiantes de Daviz Simango apareceram publicamente a distanciar-se categoricamente este posicionamento.
O presidente do MPD, Matias Banze disse domingo à AIM que não apoia Daviz Simango e nem sequer foi consultado sobre o assunto. “Nós estávamos em Boane a trabalhar quando ouvimos que o MPD faz parte do grupo de partidos que apoia a candidatura de Daviz Simango. Nós ficamos surpresos porque não fomos contactados e nem houve nenhuma concertação sobre isso” precisou.
Banze revelou a AIM que o MPD apoia a candidatura de Armando Guebuza, da Frelimo, partido no poder, que concorre para o seu segundo mandato. Por seu turno, o presidente do PUMILD, Leonardo Cumbe, disse ao jornal “Notícias” que, consumada a exclusão total do seu partido da corrida às eleições presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais, a sua opção esteve sempre inclinada à Renamo e respectivo candidato presidencial, Afonso Dhlakama, não fazendo sentido “trair a causa abraçada pelo Conselho Superior do partido”.
“Não sei quem incluiu o meu nome naquela lista. Não soube dessa conferência de Imprensa. Alguém agiu de má fé para denegrir a imagem do meu partido” disse Leonardo Cumbe, acrescentando que, não tem qualquer problema com o Daviz Simango e nem com o seu partido, bem como os demais partidos ou candidatos. “Não estamos contra ninguém. É apenas o princípio da coerência.
Apelamos os militantes e simpatizantes do PUMILD para que votem na Renamo e no seu candidato presidencial, Afonso Dhlakama” vincou. Entretanto, a AIM soube de fontes ligadas ao PUMILD que houve falta de coordenação entre o presidente e o secretário-geral daquela formação política. O grupo de partidos que manifestaram apoio a Daviz Simango, anunciados na aludida conferência de imprensa integrava 25 formações políticas.
Face aos últimos desenvolvimentos passa a contar com apenas 23, nomeadamente PAZOMO, PARENA, PAREDE, CDU, PACODE, PASDI, PSDI, PARTONAMO, PUPI, PANAOC, PRDS, SOL, UNAMO, PANADE, UDF, PRD, PCD, FL, PAZD, PEMO, PADRES, UD e UM. Alguns destes partidos foram excluídos total e parcialmente da corrida eleitoral para as legislativas e assembleias provinciais.