A Gapi elevou o tecto do montante de crédito assegurado pelo Agro-Garante de 15 milhões para 20 milhões de Meticais por operação. Este sistema de garantias ao agronegócio, gerido pela Gapi-SI, beneficiou até ao momento 120 Pequenas e Médias Empresas (PME) que obtiveram financiamentos na ordem de 360 milhões de Meticais.
O Agro-Garante foi refinanciado pela DANIDA, sob coordenação da Embaixada Real da Dinamarca, com base numa proposta concebida pela Gapi-SI, para promover o crescimento económico e o emprego no sector do agronegócio. Até 30 de Junho do ano corrente, as 120 empresas beneficiárias desta facilidade tinham reportado a geração e/ou consolidação de um total de aproximadamente 5750 postos de trabalho.
Os beneficiários são PME que operam em todo o País na provisão de insumos, na produção, conservação, armazenamento, processamento, transporte e comercialização de produtos de origem vegetal (excepto florestas) ou avícola. A decisão da Gapi-SI em elevar o nível de crédito elegível ao Agro-Garante constitui uma resposta às constatações das crescentes dificuldades que estas PME vêm enfrentado no sector do agro-negócio, bem como para atenuar o efeito da desvalorização do Metical.
Os financiamentos foram atribuídos por instituições financeiras membros da Associação Moçambicana de Bancos, nomeadamente: Millennium-BIM, Moza Banco (Banco Terra), FNB e BCI e pela Gapi, o que demonstra que “ um sistema de garantias, como o Agro-Garante é também um instrumento de mitigação do risco e de auxílio na melhoria da qualidade e expansão de soluções e diversidade dos serviços financeiros que a nossa população e os nossos empresários procuram”, assegura Amiro Abdula, director de Financiamento da Gapi.
“O Agro-garante é um instrumento nacional desenhado por técnicos nacionais, sob a coordenação da Gapi, para responder às necessidades específicas e únicas do nosso mercado. O envolvimento da Associação Moçambicana de Bancos tem assegurado igual oportunidade a todos os bancos interessados em utilizarem esta facilidade para apoiar a sua clientela”, explica Abdula.“Com base na experiência do Agro-Garante, que é implementado desde 2015, a Gapi tem em carteira novos programas combinando financiamento e assistência técnica a pequenas empresas e que pretende implementar em sectores e regiões mais relevantes para um desenvolvimento inclusivo do País e com particular enfoque em actividades geradoras de emprego, para tal apenas aguardamos algumas decisões de entidades reguladoras”, acrescentou Amiro Abdula.
Em Junho de 2019, a Gapi em parceria com a CTA e a Fundação Ambiente de Negócios (FAN) lançaram um mecanismo– designado por Fundo de Emergência para Reabilitação Económica – de financiamento de emergência às PME vítimas dos ciclones IDAI e Kenneth.No lançamento dessa iniciativa, o presidente da CTA, Agostinho Vuma, saudou o contributo inicial da Gapi num montante de quase USD 1 milhão e apelou para que outros parceiros contribuíssem no reforço desse instrumento para salvar pequenas empresas nacionais afectadas por calamidades.
“Os valores inicialmente alocados pela Gapi ao FEREN já foram integralmente alocados. A ampliação e reforço deste fundo de emergência continua condicionado a autorizações de entidades reguladoras”, concluiu Amiro Abdula.