Dois administradores de fundos do banco americano Bear Stearns foram acusados na quarta-feira pela justiça de terem mentido aos investidores antes da quebra do estabelecimento, primeira vítima da crise financeira mundial em Março de 2008. Ralph Cioffi e Matthew Tannin são acusados de fraude, associação ilícita e crime financeiro, pelo que podem cumprir até 20 anos de prisão se considerados culpados. Os dois homens alegam inocência. “Eles mentiram aos investidores para ganhar tempo na esperança de que o mercado voltasse a subir, mas não foi o caso”, declarou o procurador Patrick Sinclair no tribunal federal de Brooklyn em Nova York onde foi aberto o processo.
“Mentiram para salvar seus prêmios de vários milhões de dólares”, afirmou o procurador. “Escolheram cometer um crime ante a quebra quase certa de seus fundos”. No dia 22 de junho de 2007, o banco de negócios Bear Stearns havia dado um sinal da crise financeira que se avizinhava, anunciando que dois de seus fundos estavam em quase em quebra.
O acontecimento que passou despercebido na época resultou em perdas de 1,6 bilhão de dólares para os investidores após a liquidação dos fundos um mês mais tarde.