Pelo menos 30 cidadãos moçambicanos solicitaram apoio das autoridades governamentais para o seu repatriamento. “Temos a título de exemplo um grupo em Angola e outro em Portugal”, revelou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC).
O representante do MINEC indicou que existem “em torno de 5 milhões de moçambicanos, na sua grande maioria na região da SADC e também noutros países um pouco distantes”.
Geraldo Saranga actualizou em conferência de imprensa, na passada sexta-feira (17) que “os 38 estudantes moçambicanos que permaneceram em quarentena na Cidade de Huwan, na Província de Hubei, que foi o epicentro desta pandemia, durante mais de 70 dias, gozam de boa saúde e retomaram a sua actividade académica normal nos diversos estabelecimentos de ensino superior”.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação disse que apenas dois, dos 227 funcionários de todas missões consulares de Moçambique pelo mundo, retomaram aos seus escritórios, os restantes estão a trabalhar a partir das suas residências. “Não temos até ao momento o registo de alguma infecção que tenha sido contraída por algum funcionário da nossas missões diplomáticas e consulares”.
Respondendo a uma pergunta do @Verdade Saranga revelou que o MINEC tem “recebido pedidos de repatriamento, temos a título de exemplo um grupo em Angola e outro em Portugal. Pessoas que foram encontradas, por diversas razões, e que com o decretar da situação de emergência nesses países e com a suspensão dos voos ficaram retidos”.
“Estamos a negociar com as autoridades dos respectivos países para ver se criamos condições de repatriamento desses nossos concidadãos para Moçambique. Um bocadinho em regime de reciprocidade, no caso de Portugal sabemos que há cidadãos portugueses aqui em Moçambique que por uma razão ou outra preferem ir para Portugal. Estamos a ver se conseguimos negociar um voo que traga moçambicanos de Portugal para Moçambique e possa levar de volta portugueses”, explicou.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação precisou que “21 pessoas contactarem a nossa embaixada em Lisboa e estão interessadas em serem repatriados” e que em Angola existem “em torno de dez” moçambicanos.