Algumas instituições privadas em Moçambique estão a vender supostos testes ao novo coronavírus. O director do Serviço Nacional de Assistência Médica, Dr. Ussene Isse, disse ao @Verdade que os únicos testes realizados no nosso país e que são aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para diagnóstico de SARS-CoV-2 “só estão a ser realizados pelo Instituto Nacional de Saúde (INS)”.
O @Verdade verificou que o Hospital Privado de Maputo, o Instituto do Coração e o Laboratório Joaquim Chaves na Cidade de Maputo tem estado a vender supostos testes ao novo coronavírus cobrando cerca de 7 mil meticais aos incautos cidadãos da classe média e alta que estão em pânico com a propagação da pandemia do Covid-19, embora Moçambique não tivesse até esta quarta-feira (18) nenhum doente infectado ou suspeito.
Confrontado pelo @Verdade sobre estes testes com custos exorbitantes o director do Serviço Nacional de Assistência Médica deixou claro que: “os testes actualmente aprovados pela OMS para diagnóstico de SARS-CoV-2, que são baseados em tecnologia de PCR em tempo real para detectar material genético do vírus, só estão a ser realizados no edifício sede do INS em Marracuene e não tem custos para os cidadãos”.
“Há uns testes rápidos para detecção de anticorpos, que poderão aparecer em mercados pouco regulados (como o nosso), cujo uso não aconselhamos pois não têm sensibilidade nem especificidade bem documentadas”, acrescentou o Dr. Ussene Isse.
Aliás médicos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China disseram nesta quarta-feira (18), durante uma vídeo-conferência de partilha de experiência com os seus colegas africanos, que nunca usaram teste rápidos pois para detectar se uma pessoa está infectada pelo novo coronavírus, e ao contrário de outras pandemia gripais, “num estado de infecção inicial se a amostra não é suficientemente bem recolhida ou com o material genético necessário o resultado pode ser negativo”.