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Falhada a canalização de gás para cozinha utopia é encher botijas em Inhambane

Falhada a canalização de gás para cozinha utopia é encher botijas em Inhambane

Foto de Adérito CaldeiraO Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto Nacional do Petróleo (INP), Carlos Zacarias, anunciou que Moçambique poderá, “nos próximos 2 a 3 anos”, começar a produzir gás de cozinha na Província de Inhambane. Este novo projecto surgiu depois da utopia de canalizar o gás natural produzido em Pande e Temane para as cozinhas dos maputenses.

“Há um projecto que foi aprovado e encontra-se em implementação. Vamos também ver, nos próximos 2 a 3 anos, a implementação de um projecto que tem a ver com a produção de gás designado das cozinhas. É um projecto que será implementado a partir de Pande e Temane e demonstra que nós, embora não tenhamos grandes desenvolvimentos de momento, que esperamos ter na Bacia do Rovuma, o país encontra-se numa rota muito boa de consolidação do seu papel como produto de hidrocarbonetos”, anunciou no passado dia 6 Carlos Zacarias.

Falando em conferência de imprensa o PCA do do Instituto Nacional do Petróleo detalhou que “é um projecto da ordem de 20 a 30 mil toneladas que corresponde a cerca de 70 a 80 por cento daquilo que é o consumo no país”.

O @Verdade apurou que este sonho antigo está a ser materializado em parceria com a petrolífera sul-africana SASOL através da instalação de uma refinaria em Inhambane para a produção de Liquefied Petroleum Gas (LPG que em português é designado Gás liquefeito de Petróleo, GPL) sendo que o governo moçambicano será o seu principal, e único, comprador e distribuidor.

“A produção de LPG está prevista para começar no primeiro semestre de 2024. A Sasol venderá o LPG em grandes volumes à saída da fábrica, e o comprador designado será responsável pelo restante da cadeia de valor” precisou ao @Verdade a petrolífera sul-africana.

Recorde-se que o gás natural extraído nas concessões da SASOL quase não beneficia aos moçambicanos pois gera parcos impostos e tem sido todo exportado para a África do Sul a preços abaixo do custo de mercado.

Uma tentativa de fazer os moçambicanos obterem alguma vantagem destas concessões, que remontam ao ano 2001, foi instalação de um pequeno gasoduto com vista a canalizar gás natural para o uso doméstico nas cozinhas da Cidade e Província de Maputo. Contudo o custo da instalação das infra-estruturas domésticas não tem viabilidade para os cidadãos que usam botijas de gás ou combustíveis lenhosos na confecção dos seus alimentos em casa.

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