Pelo menos dez pessoas terão morridos carbonizadas, e nove ficaram feridas, nesta terça-feira (24) na região de Mutindiri 2, no Distrito de Chibabava, na Província de Sofala quando o autocarro de passageiros onde viajavam foi atacado por homens armados desconhecidos.
“Bateram pneus da frente, eu não consegui andar com o autocarro entrei no mato. Alguns (passageiros) morreram dentro do autocarro porque eles estavam a atirar mesmo para matar, só sei que nove foram atendidos no hospital de Muxúnguè então acho que os restantes ficaram no autocarro, porque depois de terem batido (com tiros) eles incendiaram o autocarro e é bem possível que ficaram carbonizados lá dentro”, relatou à STV o motorista do autocarro onde viajavam 23 pessoas quando foi atacado cerca das 6 horas na Estrada Nacional nº 1 no Centro de Moçambique.
O Administrador do Distrito de Chubabava, Luís Nhazonzo, confirmou à Agência Lusa o ataque e revelou que outras duas viaturas também foram atacadas a tiros e incendiadas na mesma região de Moçambique onde se registam ataques armados desde que em Agosto um grupo de guerrilheiros dissidentes do partido Renamo começaram a exigir a demissão do presidente da maior formação política de oposição, Ossufo Momade, e novas negociações com o Governo. Há registo de pelo menos 21 mortos desde então.
Mariano Nhongo, líder dos dissidentes que criaram uma Junta Militar da Renamo, ameaçou publicamente atacar e incendiar viaturas que passarem pelo Centro de Moçambique caso Filipe Nyusi tome posse para um 2º mandato como Presidente da República.
Este novo ataque acontece um dia depois do Conselho Constitucional ter proclamado a reeleição de Nyusi e do partido Frelimo nas Eleições Gerais e Provinciais de 15 de Outubro.