Terminou, no domingo, 10 de Novembro, nos Courts do Jardim Tunduro, na cidade de Maputo, o primeiro Future da nona edição do Standard Bank Open, a maior prova de ténis e a única competição internacional organizada no País, que teve como principal marco a presença de um atleta moçambicano numa final. Trata-se de Bruno Nhavene que disputou a categoria de pares, em masculinos, ao lado do australiano Jake Delaney.
Apesar do esforço e da cumplicidade demonstrados em campo, a dupla ocupou a segunda posição, depois de perder, no sábado, 9 de Novembro, o jogo para os irmãos Benjamin e Courtney Lock, do Zimbábuè, por 6-4 6-3, numa partida bastante disputada.
A presença de Bruno Nhavene, de 17 anos de idade e que se encontra a evoluir num centro de alto rendimento no Marrocos, para o Standard Bank é o resultado do investimento que tem sido feito no ténis, que consiste na descoberta de talentos e na organização desta competição, que proporciona, aos tenistas moçambicanos, a oportunidade de jogarem e trocarem experiência com atletas de gabarito internacional.
“Para nós, é mais uma prova de que vale a pena investir no ténis em Moçambique. Lançámos uma semente que germinou. Vimos um jogo bem disputado e uma qualidade enorme de um atleta moçambicano. Vamos continuar a investir para que, ao invés de um, tenhamos vários moçambicanos a competir a nível internacional”, disse Alfredo Mucavela, director de Marketing e Comunicação do Standard Bank, que manifestou a vontade de ver, no futuro, um atleta nacional a vencer a prova.
Ainda a propósito deste feito, o presidente da Federação Moçambicana de Ténis (FMT), Valige Tauabo, mostrou-se orgulhoso, principalmente pelo facto de Bruno Nhavene provir das camadas de formação, bem como por ter competido nas categorias de massificação do Standard Bank Open.
“Nas anteriores edições da prova, ele participou na massificação e hoje teve este resultado, que resume o nosso objectivo: descobrir talentos e trazê-los à ribalta. É motivo para estarmos orgulhosos como País e como duas instituições que organizam esta competição, nomeadamente a FMT e o Standard Bank”, frisou Valige Tauabo, que fez um balanço positivo do primeiro Future, tendo realçado a grande adesão à prova e a competitividade que caracterizou os jogos.
Interpelado após o jogo, Bruno Nhavene atribuiu o mérito à dupla adversária, que tem participado na prova e ocupado, regularmente, o pódio do Standard Bank Open. Por isso, prometeu esforçar-se ainda mais no segundo Future, que inicia na terça-feira, dia 12.
“Foi uma boa final, mas podíamos ter feito melhor. Eles são excelentes tenistas e faz anos que jogam juntos. Falhámos nos pontos mais importantes. Estou feliz e espero melhorar o desempenho em singulares e pares”, sublinhou o jogador revelação da nona edição do Standard Bank Open.
Entretanto, em singulares masculinos, o espanhol David Perez (número 561 no ranking da ATP) sagrou-se vencedor do primeiro Future, ao derrotar, na final, o zimbabueano Takanyi Garanganga (número 525 no ranking da ATP) por 7-5 6-3. Na ocasião, David Perez, que participa na prova pela primeira vez, mostrou-se feliz pela proeza, principalmente por ter disputado o troféu com um jogador com enorme potencial.
“Conheço o Takanyi Garanganga, com quem já joguei por duas vezes. O jogo foi intenso e posso dizer que fui feliz nos pormenores”, afirmou o atleta, que louvou o facto de o País organizar, com qualidade, uma competição desta dimensão.
Importa realçar que, para além do segundo Future, inicia, na terça-feira, 12 de Novembro, o campeonato nacional, que abarca provas em singulares homens e senhoras, pares homens e ainda as categorias de júniores sub-14 rapazes e raparigas, sub-18 rapazes e raparigas, veteranos com mais de 35 anos, veteranos com mais de 45 e pares veteranos.