O comandante das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Coronel Ernesto Gêmo, afirma que o exército está intimamente ligado ao desenvolvimento do país, razão pela qual apela a adesão massiva dos jovens. Gêmo falava à imprensa momentos após o termo das cerimónias que marcaram a efeméride do 45º aniversário das FADM, no município de Nacala-Porto, capital do distrito de Nacala, na província de Nampula, norte de Moçambique.
“É no exército onde se forja o Homem, é formado o Homem que dá continuidade e a vivência do país”, disse Gêmo, acrescentando que “e’ daí que o nosso desafio é formar o Homem novo para dar continuidade e garantir a segurança da nossa soberania. Mas não só esse Homem tem que ter a virtude de olhar para a própria paz e para o próprio país, mas também idealizar aquilo que poderá ser melhor para o próprio povo”.
Os desafios que as FADM enfrentam nesta fase em que Moçambique já conseguiu consolidar a paz sao, segundo Gêmo, incluem a modernização do exército e convencer a juventude a responder para aquilo que são o ensejo do chamamento com vista a fazer crescer o exército a curto e a longo prazo. Outros desafios incluem o treino, instrução básica e formação técnico-profissional e o seu enquadramento.
Convidado a endereçar uma mensagem das FADM para os jovens, Gêmo disse que “nós sempre dissemos que este país pertence a camada mais jovem e a mensagem que eu gostaria de deixar é que o país chama por eles. Eles que ingressem nas Forças Armadas, pois é aqui onde vão adquirir as bases da vida”.
Falando durante a cerimónia alusiva as comemorações do inicio da luta de libertação nacional, que culminou com a proclamação da independência nacional, o Administrador de Nacala-Porto, António Pilale, fez um breve historial da formação das FADM, cuja génese e’ a antiga Frente de Libertação de Moçambique e as ex-Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM). Por seu turno, o presidente do Município de Nacala-Porto, Chale Ossufo, enalteceu as FADM, cujos feitos deverão ser reconhecidos por uma grande afluência as urnas. “Peço para no dia 28 de Outubro, muito cedo, não irmos a pesca, não irmos a nossa machamba, pois temos que ir votar para que o bem-estar continue entre nós os munícipes de Nacala-Porto, que é sinónimo de afastar o sofrimento.
Assim, vamos dizer não sofrimento e vamos dizer não a guerra”, apelou. Enquanto isso, Eduardo Nihia, Assessor do Presidente da República, Armando Guebuza, candidato da Frelimo a sua própria sucessão, disse que Moçambique deve continuar a manter o actual ritmo de desenvolvimento. “Todos nós somos moçambicanos. Mas existem aqueles que se destacam no progresso. Há aqueles que vão à frente. Apesar de todos sermos moçambicanos, existem aqueles que abrem o caminho”, disse Nihia, apelando ao povo para votar como forma de dar continuidade a esse progresso.
A cerimónia teve lugar na Praça dos Heróis Moçambicanos em Nacala-Porto e participaram no evento vários membros do Governo, incluindo Abdul Razak, vice- Ministro do Turismo. A cerimónia incluiu ainda exercícios militares e danças tradicionais.
Foi a 25 de Setembro de 1964 que a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) iniciou a luta armada de libertação nacional, que culminou com a derrocada da dominação colonial portuguesa de cerca de 500 anos e consequente proclamação da independência nacional a 25 de Junho de 1975.