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Para já em Maputo, Matola e Marracuene: Tmcel vai iniciar a tecnologia 4G LTE em Novembro

Para já em Maputo

O ministro dos Transportes e Comunicações considera que o processo de reestruturação, em curso na Moçambique Telecom (Tmcel) está a registar progressos, estando criadas as condições para o relançamento da operadora no mercado.

De acordo com Carlos Mesquita, a Tmcel vai introduzir, até finais do mês de Novembro próximo, a tecnologia 4G LTE (Long Term Evolution) no mercado, no âmbito do projecto de modernização e actualização de toda a sua rede de transmissão, que inclui os equipamentos, o que irá contribuir para a melhoria da qualidade e cobertura, bem como para o aumento da velocidade de banda.

Numa primeira fase, a tecnologia vai estar disponível somente nas cidades de Maputo e Matola, assim como no distrito de Marracuene, onde foi substituído o antigo equipamento nas estações de base por um mais moderno e de maior capacidade.

Esta informação foi partilhada no encontro que o ministro dos Transportes e Comunicações manteve com o Conselho de Administração da Tmcel na sexta-feira, 23 de Agosto, durante uma visita que efectuou à empresa, no âmbito da monitoria ao processo de reestruturação em curso. Conforme explicou Carlos Mesquita, após a introdução do 4G LTE nos pontos acima mencionados vai ser lançada a segunda fase do projecto com vista à sua expansão para todo o território nacional, estando já assegurado o seu financiamento por parte do governo chinês.

“Para além da melhoria da rede e da cobertura, o projecto de modernização e harmonização vai consistir na introdução de novos serviços, com maior e melhor qualidade, e na criação de redundâncias em termos de transmissão de dados e voz. Isso vai permitir, também, que os países do hinterland, que usam a nossa estrutura, possam desenvolver a sua actividade com maior fiabilidade e competitividade”, considerou o governante.

Relativamente ao processo de reestruturação da empresa, Carlos Mesquita afirmou que o mesmo está a decorrer dentro da normalidade, e realçou a necessidade de se garantir a formação dos quadros para que a empresa possa assegurar o funcionamento e a manutenção dos equipamentos que estão a ser instalados.

“Estou satisfeito com o progresso que se está a registar, principalmente no que diz respeito ao redimensionamento da força de trabalho. É um assunto delicado mas que está a ser feito dentro de todos os parâmetros. Acreditamos que, com todo este esforço, poderemos ter uma Tmcel mais atractiva e que ocupe um lugar de destaque no mercado”, sublinhou.

Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Tmcel, Mahomed Rafique Jusob Mahomed, referiu que a introdução da tecnologia 4G LTE e de outros serviços associados representa o renascimento das telecomunicações modernas e de qualidade para melhor servir os interesses da nação.

A expectativa, acrescentou Rafique Jussob, é que até finais de 2020 a tecnologia esteja acessível em todo o País. “Hoje em dia já não se fala de megas, mas sim de gigas. Isso significa que a nossa tecnologia tem que estar apta para responder a este desafio. Com a convergência tecnológica entre as redes fixa e móvel, esperamos dar pelo menos cinco vezes mais do que estamos a dar actualmente. Aliás, podemos dar 10 vezes mais”.

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração da Tmcel avançou que as equipas de trabalho já estão a efectuar testes, que vão culminar com a introdução desta tecnologia. “Conseguimos, durante esta fase, dar 70 megabits de upload, mas o objectivo é atingir os 100 megabits”.

Ainda na sexta-feira, o ministro dos Transportes e Comunicações visitou a empresa de telefonia móvel Movitel, com quem abordou a implementação dos projectos da empresa na expansão da rede de telefonia móvel para as zonas rurais, incluindo o projecto da expansão da rede de telefonia móvel para 30 novas localidades, financiado pelo Fundo do Serviço de Acesso Universal (FSAU) e implementado pela Movitel.

No balanço da visita, Mesquita sublinhou ter trabalhado com as duas empresas para prosseguirem com o trabalho em curso, na perspectiva da melhoria de qualidade dos serviços prestados, resiliências e partilha das suas infra-estruturas de telecomunicações, conectividade e interoperabilidade dos serviços financeiros, entre outros desafios deste sector.

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