O candidato da Frelimo a sua própria sucessão na chefia do Estado moçambicano, Armando Guebuza, orientou terça-feira, em Lichinga, um comício inserido na campanha eleitoral rumo as eleições agendadas para o dia 28 de Outubro próximo, tendo voltado a pedir aos presentes que votem na sua formação política e nele próprio, para que tenha um segundo mandato que o permita dar continuidade ao seu plano de desenvolvimento socio-económico que tem como meta a erradicação da pobreza absoluta no país.
Como nos comícios que já orientou desde que no dia 13 deste mês iniciou a campanha eleitoral no país e que já o fez escalar vários distritos das províncias da Zambézia, Tete e agora Niassa, Guebuza instou as dezenas de milhares de pessoas que acorreram a este evento político a terem em conta as grandes realizações que sob a liderança do seu partido e dele próprio foram feitas em todo o país ao longo dos últimos cinco anos.
Reiterou que caso queiram que haja mais realizações do que se fez agora deverão reelegê-lo ao cargo de chefe de estado e reconduzir a Frelimo ao poder.Para que a sua reeleição seja convincente e a Frelimo tenha um mandato que lhe possa conferir poderes suficientes para deliberar no Parlamento, tal como o fez neste mandato, Guebuza disse ser imperioso que todos os que tem direito de votar e que apreciam o que foi feito neste seu primeiro mandato votem nele e na Frelimo, mesmo que estejam filiadas ou não noutras formações políticas. Diz que o eleitorado tem de votar naqueles que já provaram que são pelo bemestar de todos.
Um dos trunfos com que Guebuza se tem valido para evidenciar que todos sairão a ganhar se votarem na Frelimo e nele, é o facto de que o seu partido libertou o país do colonialismo e proclamou a independência para todos os moçambicanos em 1975, ao mesmo tempo que tudo o que mandou fazer, como a construção das escolas, hospitais, estradas e pontes, está servindo todos os cidadãos do país e não só os membros ou simpatizantes da sua formação política.
“Mesmo os que dizem que não gostam nada de política devem votar em mim e na nossa Frelimo, porque pelo menos sabemos que gostam do que temos estado a fazer, daí que entendemos que todos nós devemos eleger aqueles que têm estado a melhorar as nossas vidas’’, diz Guebuza, para justificar o seu apelo de que todos devem apostar nele e na Frelimo no dia 28 de Outubro próximo. Tal como nos comícios anteriores a este de terça-feira, Guebuza tem permitido que os presentes usem da palavra e digam tudo o que lhes vai na alma em torno do que eles acham ter sido este seu primeiro mandato de cinco anos agora na sua fase final.
Um dos que falou no comício de terça-feira e que é um dos líderes mais influentes da seita islâmica no Niassa, fez um rasgado elogio ao desempenho de Guebuza e do seu governo, apontando a construção da mega-ponte sobre o rio Zambeze e que desde Agosto último passou a ligar, pela primeira vez, o país por estrada de Norte a Sul, como tendo sido um dos maiores feitos que ele protagonizou. Destacou que mesmo os colonialistas que estiveram a governar o país durante 500 anos, nunca lograram fazer uma obra daquela dimensão, mas que em apenas cinco anos ele conseguiu ligar o país através duma ponte tão longa quanto larga, uma vez que tem duas faixas.
O mesmo líder religioso disse que os que dizem que Guebuza não fez nada nestes cinco anos estão a faltar à verdade, dado que o que ele fez é tão visível mesmo aos leigos. “Antes, nem escolas secundárias ou hospitais tínhamos nos distritos, muito menos universidades como temos agora em todas as capitais provinciais.
Mas agora já não temos que mandar os nossos filhos a capital Maputo como era antes. Agora os nossos doutores são formados aqui mesmo em Lichinga, e já não temos que mandar para Maputo como era antes. Por isso, quem não vê tudo isto é porque não tem olhos ou não quer ver’’, disse em tom irónico e crítico.