Embora tenha investido biliões de Meticais no futebol o Presidente Filipe Nyusi admitiu que os melhores resultados desportivos vieram das modalidades que o seu Governo não considera prioritárias. “Nos eventos desportivos internacionais conquistamos um total de 593 medalhas, sendo 204 de ouro, 180 de prata e 209 de bronze em várias modalidades”, indicou durante o balanço do seu mandato.
Nyusi, que é rotulado de homem do futebol, modalidade que o seu Governo considera prioritária e por isso tem investido biliões de Meticais, tendo o Chefe de Estado intervindo pessoalmente para assegurar que o paupérrimo nacional de futebol continuasse a existir, admitiu, implicitamente, durante o seu informe sobre o Estado da Nação que os resultados desportivos conseguidos durante o seu mandato vieram das modalidades menos apoiadas.
“Da participação condigna dos nosso desportistas logramos resultados cumulativos excecionais que nos orgulham e nos engradecem a nossa pátria. Nos eventos desportivos internacionais conquistamos um total de 593 medalhas, sendo 204 de ouro, 180 de prata e 209 de bronze em várias modalidades”, declarou o Presidente Nyusi, na passada quarta-feira (31) na Assembleia da República.
Em fim de mandato Filipe Nyusi nomeou as distinções alcançadas entre 2015 e 2019: “tricampeões africanos de vela, bi-campeões mundiais de salto a corda, medalhas de bronze nos Jogos Paraolimpicos do Rio, Campeonato Africano de futsal, bi-campeões africanos de canoagem, medalha de bronze taekwondo itf, medalha de ouro e de bronze nos jogos islâmicos, bi-campeões africanos de voleibol de praia sub-21, bi-campeões africanos de voleibol de praia em juniores femininos e masculinos, Campeões mundiais de tang soo do, a nossa selecção de hóquei em patins sagrou-se campeão intercontinental e a selecção sub-19, participando pela 1º vez ficou classificada em 3º lugar a nível mundial, para não falar sobre o basquetebol porque as memórias estão frescas nas nossas cabeças”.
Após um quinquénio de mais derrotas do que vitórias e sem conseguir apurar-se para nenhum prova internacional ver se os “Mambas” acusam o repto e pelo menos conseguem inverter, no próximo domingo (04) a desvantagem que trouxeram de Madagáscar para continuarem a disputar as eliminatórias de apuramento da zona Austral para Campeonato Africano de futebol para jogadores que actuam nos campeonatos internos (CHAN) de 2020.