A empresa Águas da Região de Maputo (AdeM) deu início, no sábado, 13 de Julho, na área operacional de Chamanculo, que abarca os bairros do Aeroporto, Chamanculo A, B, C e D, George Dimitrov, Unidade-7, Luís Cabral e Nsalene, a uma campanha de eliminação de fugas de água de que resultou na detecção e a respectiva reparação de 89 casos.
Enquadrada na estratégia da empresa, visando a melhoria da qualidade na prestação de serviços aos clientes, esta iniciativa tem por objectivo reduzir as perdas deste líquido vital, através da eficiência na rede de distribuição e resposta aos novos desafios.
O gestor do Departamento Técnico da área operacional de Chamanculo da AdeM, Carlos Elija, explicou, a propósito, que a proliferação de casos reportados e não reportados de fugas de água na rede, deve-se à obsolência das condutas, assim como à acção de alguns clientes que danificam a tubagem. “No período de inverno, o volume de consumo de água, em Maputo, é relativamente baixo. Entretanto, o fluxo de água no sistema é maior, o que pressiona a rede, criando roturas nas condutas”, disse.
A fragilidade das condutas, conforme sustentou Carlos Elija, resulta do facto de muitas delas terem ficado durante muito tempo fora de uso, em consequência da escassez deste recurso no rio Umbelúzi, que assolou Maputo, Matola e Boane.
“Nas zonas que foram afectadas pelas restrições no fornecimento da água, algumas condutas ficaram obsoletas e, em consequência disso, não resistem à maior pressão com que a água é distribuída agora e acabam por ceder, originando fugas do líquido, para além de alguns clientes que mexem na tubagem da empresa por iniciativa própria, sem terem o domínio técnico da matéria”, referiu.
Segundo consta, centros distribuidores de Chamanculo e Alto Maé (das 3 às 10 horas) e centro distribuidor de Intaka (das 3 às 20 horas) o abastecimento de água ocorre com pressão, atingindo vários pontos, onde, anteriormente, a água não chegava, o que cria roturas na rede, devido à fragilidade da tubagem.
“Ainda não é possível quantificar o volume de água resultante das fugas, mas calcula-se que estão a um nível consideravelmente elevado”, concluiu Carlos Elija.
Importa realçar que, nos últimos tempos, tem-se constado o aparecimento de operadores privados nas zonas cobertas pela rede de distribuição da AdeM a fazerem escavações para lançarem as suas condutas que acabam por danificar as infraestruturas da AdeM.