A empresa Aeroportos de Moçambique (ADM, E. P.) deve prosseguir com as negociações junto dos seus parceiros para a reprogramação da sua dívida, para o cumprimento integral dos compromissos assumidos, segundo orientou o titular do Ministério dos Transportes e Comunicações, organismo governamental que tutela aquela empresa.
Para Carlos Mesquita, a tendência do endividamento da ADM é preocupante, devendo os gestores encararem este assunto com a necessária serenidade e responsabilidade: “Preocupa-nos a tendência do elevado endividamento que as contas da empresa apresentam. Como Governo estamos atentos a esta situação, estando a ser dispensada toda a atenção que a situação requer”, disse.
Mesquita assegurou que a ADM continua a ser uma empresa viável e sustentável para o cumprimento do seu papel no desenvolvimento da Aviação Civil em Moçambique.
Num outro desenvolvimento, o ministro dos Transportes e Comunicações enalteceu o trabalho em curso, no quadro da liberalização do espaço aéreo moçambicano, certificação dos aeroportos de Maputo e Nacala e outras reformas em curso, que estão a permitir a redução do custo das passagens aéreas, entre outras melhorias significativas.
Carlos Mesquita fez este pronunciamento durante a reunião de balanço do primeiro semestre da ADM, tendo referido ainda que, não obstante os avanços alcançados, o país precisa de prosseguir com a reforma legal em curso no sector do transporte aéreo e completar a certificação dos outros aeroportos, com prioridade para Beira e Nampula.
“A liberalização do espaço aéreo trouxe como vantagens a maior oferta do serviço, melhores alternativas e opções para os passageiros. Exortamos a todas as instituições intervenientes nessa matéria para melhorarem a coordenação dos esforços em curso”, referiu Carlos Mesquita.
Comparando o desempenho do tráfego aéreo, durante o primeiro semestre do ano passado e igual período do presente ano, o ministro destacou o crescimento do tráfego doméstico de passageiros em 17%, um indicador que sinaliza a evolução do mercado nacional do transporte aéreo.
“Em 2014, operava no mercado doméstico uma única companhia aérea, transportando somente cerca de 750 mil passageiros. A liberalização do espaço aéreo permitiu a entrada de novos operadores no mercado doméstico e o número de passageiros transportados em 2018, ascendeu para mais de um milhão de passageiros. Contrariamente ao que se pensava, a entrada de novos operadores aéreos está a mostrar que existe espaço para todos”, referiu o ministro Carlos Mesquita.
Importa referir que a reunião nacional de balanço da ADM ocorreu após a realização da Conferência Internacional do Transporte Aéreo, Turismo e Carga Aérea, durante a qual o Governo reafirmou a sua determinação em priorizar o desenvolvimento do transporte aéreo, como factor de dinamização da economia nacional e regional.