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“A Gapi está a investir no desenvolvimento do País” – Filipe Nyusi, em Lichinga

“A Gapi está a investir no desenvolvimento do País” - Filipe Nyusi

“A Gapi está a investir no desenvolvimento do País” – afirmou o Presidente da República, este fim-de-semana, em Lichinga, no decurso da visita que efectuou ao Niassa.

Filipe Nyusi saudou o contributo da Gapi ao visitar uma feira económica realizada em Lichinga, cujo motivo central foi o início da actual campanha de comercialização agrícola lançada há uma semana, em Manica, onde a Gapi, em parceria com o Instituto de Cereais de Moçambique (ICM), deram início à operacionalização do Fundo Rotativo de Comercialização Agrícola.

Ao visitar o pavilhão da Gapi, Nyusi interagiu com cerca de uma dúzia de agricultores e comerciantes rurais provenientes de cerca de 10 diferentes distritos de Niassa e que, beneficiando da oportunidade do evento, decidiram expor na capital provincial os seus produtos e serviços.

Os comerciantes e agricultores que, sábado último, em Lichinga, interagiram com o Chefe de Estado fizeram referência ao facto da Gapi não ter apenas disponibilizado financiamento: “A Gapi ensina como criar a empresa e a fazer bom controle dos dinheiros e do negócio para não falharmos” – disse um dos presentes.

Os gerentes das delegações da Gapi em Niassa, João Manjate e Salomão Chaile, informaram à comitiva do Chefe de Estado que os agricultores e comerciantes rurais presentes na feira têm beneficiado de programas de desenvolvimento rural como o Promer (Promoção de Mercados Rurais), Agro-Empreender, Agro-Jovem, PMEs-Norte e agora também pela LCCA (linha de crédito de apoio à comercialização agrícola).

A Gapi, como instituição financeira de desenvolvimento, tem várias delegações em todas as províncias e equipes de assistência técnica que operam em cerca de uma centena de distritos para implementar programas e projectos, sob contrato com parceiros da cooperação bilateral e multilateral e mesmo com organismos governamentais.

No caso de Niassa, segundo explicações dos gerentes locais da Gapi, os programas actualmente em curso estão a ser implementados com contribuições financeiras de instituições como o Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), a Agência Dinamarquesa para a Cooperação (DANIDA), Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de Africa (BADEA) e do próprio Governo, particularmente do MIC, MITADER/DNPDR, MASA e do Tesouro Nacional. Em quase todos os programas que implementa, a Gapi comparticipa mobilizando fundos dos seus próprios accionistas privados.

Para melhorar a percentagem de sucesso no surgimento de empresários nacionais e novas pequenas empresas, estes programas combinam actividades de capacitação e financiamento. As acções de capacitação têm sido feitas com base em metodologias recomendadas por organizações internacionais, particularmente a OIT.

Nos últimos dois anos e meio, as equipes da Gapi trabalhando em vários distritos do Niassa organizaram mais de 120 acções de formação beneficiando cerca de 3 mil participantes entre agricultores, comerciantes rurais e jovens técnicos recém-formados. No mesmo período, as linhas de financiamento disponibilizaram créditos a cerca de 90 empresas locais num montante total na ordem dos 85 milhões de Meticais.

As intervenções da Gapi no Niassa visam também contribuir para melhorar a inclusão financeira, através da criação de instituições de microcrédito locais. Além de actividades de apoio à literacia financeira, estimulando a criação de grupos de poupança e crédito participados e dirigidos pela comunidade, a Gapi está a finalizar um projecto para a constituição de um microbanco, dedicado a servir os investidores e negócios locais no Niassa.

Num seminário realizado recentemente, em Maputo, foi referido que a constituição da Gapi, em 1990, surgiu de uma medida tomada pelo Conselho de Ministros, então dirigido pelo Primeiro Ministro Mário Machungo, para que Moçambique pudesse ter uma “instituição privada especializada no apoio ao surgimento de capitalistas nacionais” e assim capaz de responder aos desafios dos programas de privatização recomendados pelo FMI e Banco Mundial. Em 2007, quando Luísa Diogo era Primeira Ministra e Adriano Maleiane Governador do Banco de Moçambique, a missão desta instituição foi reforçada, enquadrando-a no sistema financeiro como Sociedade de Investimentos.

No final da sua visita ao pavilhão da Gapi em Lichinga, o Chefe de Estado, que era acompanhado por vários membros do Governo, com destaque para o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, exortou a equipe da Gapi a prosseguir o seu trabalho em prol do desenvolvimento do País.

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