O jornalista moçambicano, Bento Venâncio, recebeu, em Kinshasa, o prémio de jornalismo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) na categoria de imprensa escrita, depois de ter sido proclamado vencedor da edição 2009. Na ocasião, Venâncio, jornalista do semanário “Domingo”, recebeu um cheque no valor de 2.000 (dois mil) dólares e um certificado assinado pelo Presidente cessante da SADC, Jacob Zuma.
O acto teve lugar Segunda-feira durante a sessão de abertura da 29ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo desta organização regional, na qual também participa o estadista moçambicano, Armando Guebuza. Falando a imprensa moçambicana minutos após a recepção do prémio, Bento Venâncio, visivelmente emocionado, disse: “confesso que para mim este prémio foi uma surpresa, pois não esperava. Alias, são muitos os colegas de outros países que participaram no concurso”.
Questionado sobre o tema do seu artigo, Venâncio disse que se trata de uma história que aborda o défice energético na região e evidencia os principais constrangimentos existentes na disponibilidade dos recursos hídricos e a falta do seu aproveitamento na agricultura e produção de energia eléctrica. “Como sabem, a agricultura e energia eléctrica são factores chaves na luta contra a pobreza, mas que nós ainda não estamos a fazer o seu devido uso”, explicou Venâncio.
Convidado a proferir uma mensagem para os seus colegas de profissão em Moçambique, Venâncio disse acreditar que o jornalismo no país tem vindo a crescer e, por isso, gostaria de ver um maior empenho como forma de ajudar a promover a imagem do jornalismo moçambicano no estrangeiro. “É preciso acreditar. Temos que ouvir a mensagem do nosso Presidente (Armando Guebuza) quando diz que temos que valorizar a nossa auto-estima e temos que acreditar”, disse Venâncio, acrescentando que, “por isso, já começam a aparecer os resultados visíveis em Moçambique”.
O prémio de jornalismo é atribuído anualmente e inclui quarto categorias, nomeadamente imprensa escrita, rádio, televisão e fotojornalismo. O mesmo é atribuído anualmente aos vencedores durante a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo. Outros premiados incluem jornalistas da África do Sul, Namíbia e Tanzânia, nas restantes categorias.
Para a presente edição, os jornalistas deveriam abordar temas relacionados com o uso sustentável de água, considerando que este recurso é escasso e vulnerável e essencial para a manutenção de todas as formas de vida, desenvolvimento e meio ambiente.
Este prémio, instituído pela SADC, está aberto a todos os jornalistas dos países membros desta organização regional, que inclui Moçambique, África do Sul, Angola, Botswana, Lesotho, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Namíbia, Republica Democrática do Congo (RDC), Suazilândia, Seicheles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.