A Renamo realiza, de 29 a 30 de Novembro em curso, na cidade da Beira, província de Sofala, o seu IV Conselho Nacional para entre outras matérias marcar a data do Congresso, órgão no qual será eleito o presidente do partido, em substituição de Afonso Dhlakama, falecido em Maio deste ano.
O III Conselho Nacional da Renamo decorreu de 23 a 24 de Junho de 2014. Na “perdiz”, este órgãos acompanha, entre outras competências, “as actividades do partido, interpreta e difunde a linha geral aprovada no Congresso e deliberar sobre a política da organização, no intervalo entre dois congressos.
É no Congresso onde será sufragado o candidato às eleições gerais (presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais) de 15 de Outubro de 2019.
Há dias, o porta-voz da Comissão Política da Renamo, Alfredo Magumisse, disse à imprensa, em Maputo, que ainda não havia candidatos à sucessão de Afonso Dhlakama, falecido por doença na Serra de Gorongosa.
É no Congresso onde se “define a estratégia política do partido, aprecia a actuação de todos os órgãos, delibera sobre todos os assuntos de interesse para o partido, é revisto o programa e estatuto do partido, são aprovados ou modificados os símbolos do partido, a bandeira, o emblema e o hino, entre outras competências.
Há mais de seis meses que o partido não tem presidente e é dirigido interinamente pelo general Ossufo Momade. Desde a sua criação, a Renamo realizou cinco congressos. O último aconteceu em 2009, em Nampula.
Segundo os estatutos, o sexto Congresso devia ter ocorrido cinco anos depois, em 2014, ano em que Afonso Dhlakama passou a viver oficialmente em Gorongosa, devido ao retorno à guerra civil, que a Frelimo e outras correntes chamam simplesmente de conflito militar.