As eleições gerais de 2019 – que consistem na escolha do Presidente da República (PR), dos deputados da Assembleia da República (AR) e dos membros dos conselhos provinciais – estão orçadas em 6,6 biliões de meticais. O valor está inscrito na proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, a ser submetida à Assembleia da República (AR) com o Plano Económico e Social (PES).
As eleições em questão estão marcadas para 15 de Outubro de 2019. O recenseamento eleitoral realizar-se-á de 04 de Março a 02 de Maio, no território nacional, e de 03 de Abril a 02 de Maio do mesmo ano, no estrangeiro, segundo o calendário já tornado público pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Aquele órgão de supervisão eleitoral disse que, em Julho último, começou a actualização dos locais de constituição e funcionamento dos postos de recenseamento eleitoral e termina no dia 01 de Fevereiro de 2019.
A apreciação e aprovação do Orçamento do Estado e do PES ocorre, geralmente, em Dezembro, nas vésperas do encerramento das actividades parlamentares.
No que diz respeito à economia do país para o próximo ano, o Estado terá uma despesa de 324 biliões, dos quais prevê colectar 244 biliões de meticais.
O défice de 80 biliões de meticais “será coberto com base em donativos externos e crédito interno”, explicou o porta-voz do Conselho de Ministros, Augusto Fernando.
Ainda em 2019, o Executivo prevê que o crescimento económico atinja 4,1% e uma inflação média anual de 6.5%, disse a fonte, à imprensa, no fim da 29a Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, na terça-feira (11).
Augusto Fernando avançou, num outro desenvolvimento, que as exportações poderão atingir “4.7 biliões de dólares e o investimento directo estrangeiro 5,8 biliões de dólares”. Ele esclareceu que as projecções foram feitas com base numa população de 28,6 milhões, dados do último Censo Geral da População e Habitação.
Refira-se que o Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou, na terça-feira, que a economia moçambicana recupera gradualmente graças a medidas que o Governo implementa para a estabilidade macroeconómica, em consonância com as políticas monetárias do Banco de Moçambique.
O representante-residente daquele organismo internacional, em Maputo, Ari Aisen, disse que os outros que contribuem para a economia estão em progresso, o que faz com que a economia não dependa totalmente dos grandes projectos da indústria extractiva, não obstante terem “um papel muito importante”.
No turismo, por exemplo, “há avanços, mas acreditamos que o Governo pode fazer mais”.