Um jovem de nacionalidade portuguesa foi detido na terça-feira (21) pelas autoridades policiais moçambicanas, na província de Inhambane, acusado de tráfico e consumo de drogas. Uma semana antes, dois tanzanianos tinham sido encarcerados em Maputo, por alegada posse de cocaína e crack. Aliás, três conterrâneos daquele lusitano estão, também, há dias, sob custódia policial, indiciados de mesmo tipo de crime.
Na posse do visado, a Polícia da República de Moçambique (PRM) encontrou 700 gramas de cannabis sativa, vulgarmente conhecida por soruma, 200 gramas de cocaína e pelo menos 1.500 recipientes que supostamente eram usados para acondicionar estupefacientes.
Ainda das mãos do indivíduo, de 32 anos de idade, a corporação confiscou oito talões de pedido de bilhete de identidade falsos, alguns com data e mês do próximo ano.
A sua detenção “foi graças à inteligência policial”, disse Nércia Vaz, porta-voz da corporação em Inhambane.
Segundo ela, a Polícia acredita que o cidadão pode ser um dos maiores fornecedores de estupefacientes na cidade de Inhambane.
As autoridades reportaram que o cidadãos lusitano contou que vive em Moçambique há mais de sete anos e foi detido numa casa na Praia de Tofo, na cidade de Inhambane.
Questionado sobre a origem dos documentos encontrados na sua posse, o indiciado respondeu que foram emitidos pelos serviços de identificação civil de Gaza. Contudo, ele não revelou os nomes das pessoas que pretensamente facilitaram a emissão de tais documentos.
Refira-se que, na semana finda, o porta-voz da Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC), Alberto Sumbane, revelou que seis funcionários do Estado, afectos àquela instituição subordinada ao Ministério do Interior (MINT), foram expulsos, no primeiro semestre do ano em curso, no sul e norte do país, por alegadas cobranças ilícitas e tentativa de facilitar a atribuição de bilhetes de identidade a cidadãos de nacionalidade estrangeira.
Dos suspeitos, dois estavam afectos aos postos de identificação civil na província de Gaza, onde outro funcionário recolheu aos calabouços. Ainda em relação à detenção do jovem português, importa salientar que, no dia 16 de Agosto corrente, três conterrâneos seus caíram nas mãos da PRM em Maputo, no Aeroporto Internacional de Maputo, por suspeita de tráfico de droga, que na altura era transportada para o país de origem.
Relativamente aos dois tanzanianos privados de liberdade em Maputo, há mais de uma semana, o Comando-Geral da PRM disse que os mesmos respondem pelos nomes de M. Massud, de 40 anos de idade, e E. Bila, de 32 anos.
Em sua, foram apreendidas 35 embalagens de cocaína e quatro de crack, todos de pequena dimensão, no bairro de Micadjuine.