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Autárquicas 2018: AJUDEM perde membros e diz que é vítima de perseguições políticas

Autárquicas 2018: AJUDEM perde membros e diz que é vítima de perseguições políticas

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) vai notificar os quatro candidatos que desistiram de concorrer às eleições autárquicas de 10 de Outubro, pela lista da Associação Juvenil para o Desenvolvimento de Moçambique (AJUDEM), para formalizarem a sua retirada através de uma declaração assinada e reconhecida pelo notário, com conhecimento da agremiação a que estão/estavam filiados.

Na última sexta-feira (17), quatro membro da AJUDEM queixaram à CNE, por escrito, alegando que os seus documentos tinham sido falsificados por terceiros e os seus nomes alistados na candidatura daquela associação sem o seu consentimento.

Trata-se de Yolanda Raquel Hilário Guibunda, Roberto Luís Sipechele, Anastácia Domingos Sigaúque Uamusse e Gaspar Paporo Inrebo Marques. Segundo eles, tomaram conhecimento de que constavam da lista de candidatura daquela organização por via das redes sociais.

Face a este problema, na terça-feira (21), o órgão que administra os processos eleitorais no país disse à imprensa que, a partir da afixação das listas definitivas de candidaturas às eleições autárquicas que se aproximam, os queixosos terão/têm 10 dias para se conformarem com o que está estabelecido no número 2, do artigo 30, da Lei número 7/2018, de 3 de Agosto.

A cláusula acima referida determina que “é permitida a desistência de qualquer candidato constante da lista, através de declaração, por ele assinada e reconhecida pelo notário, com conhecimento do partido político, coligação de partidos políticos ou grupo de cidadãos eleitores proponentes, entregue à Comissão Nacional de Eleições”, no prazo de 10 dias.

A AJUDEM é encabeçada por Samora Machel Júnior, filho do falecido primeiro Presidente de Moçambique independente, Samora Machel.

Ainda na terça-feira, aquela organização chamou a imprensa para explicar que os quatro membros que agora pretendem se desvincular estão a faltar à verdade, porque um dos documento necessários para se formalizar uma candidatura é o registo criminal, cuja obtenção é presencial no Registo Criminal e é imperioso indicaram a finalidade para a qual se destina.

O porta-voz da AJUDEM, Zefanias Langa, explicou alguns cidadãos que constam da lista de candidatura submetida à CNE manifestar intenção de desfazer qualquer ligação com a agremiação por causa de perseguições políticas.

Tal é o caso de Gaspar Marques, funcionário do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER). Ele teve de escolher entre o emprego e perdê-lo.

A fonte disse que a saída de alguns militantes não abala a associação pois há suplentes para substitui-los.

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