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Gasolina aumenta em Moçambique pela quarta vez em seis meses para máximo histórico

Gasolina aumenta em Moçambique pela quarta vez em seis meses para máximo histórico

Foto de Adérito CaldeiraO Governo de Filipe Nyusi decidiu agravar pela quarta vez, desde o início de 2018, o preço da gasolina que passa a custar 66,55 meticais, a partir desta quarta-feira (27), o mais alto de sempre. Este valor é praticado somente em Maputo, Beira, Nacala, Monapo e Pemba, no resto de Moçambique a assimetria regional é definida na lei que determina que o preço é acrescido de custos do transporte e embalagem.

“O Governo no âmbito da aplicação do Decreto 45 tem estado mensalmente a fazer a revisão dos preços dos combustíveis, são revistos sempre que se verificar alteração nos custos de importação e na taxa de câmbio, relativamente a gasolina que hoje custa 66,03 meticais vai ser agravada em 0,52 centavos passando a custar 66,55 meticais por litro” informou em conferencia de imprensa João Macandja, em representação do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

Este foi o quarto aumento da gasolina em Moçambique, que desde Janeiro de 2018 já aumentou cerca de 7 por cento, e coloca o cada vez mais imprescindível combustível, particularmente para a emergente classe média que possui carro próprio, a um preço recorde e inédito.

Estes 4,49 meticais de agravamento por litro representam, a cada vez que é preciso atestar um tanque de 40 litros, mais 180 meticais na conta dos trabalhadores que este ano tiveram aumentos de somente 5 a 18 por cento.

“Para o mês de Junho consideramos os preços das importações feitas em Maio e Abril”

Macandja, que dirige a Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO), indicou que o preço do gasóleo mantém-se a 62,92 meticais, assim como do petróleo de iluminação que está nos 50,33 meticais.

Quanto ao o gás doméstico (GPL), que em Janeiro chegou a custar 68,43 meticais o quilo, “teremos uma ligeira descida, temos hoje o preço por quilo a 60,94 meticais e desce para 60,33 meticais” concluiu o representante do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

Entretanto esta semana os preços do barril de petróleo recuaram com investidores a prepararem-se para 1 milhão de barris por dia (bpd) extras de petróleo no mercado, depois da Organização dos Países Produtores e Exportadores (OPEP) ter concordado em aumentar a produção, e com os mercados accionários dos Estados Unidos da América (EUA) caindo por temores de uma guerra comercial.

Os contratos futuros do petróleo Brent encerraram em baixa de 0,82 dólar norte-americano, ou 1,1 por cento, a 74,73 dólares por barril. O petróleo dos EUA (WTI) caiu 0,50 dólar, para 68,08 dólares o barril.

Questionado pelo @Verdade João Macandja “O nosso modelo considera sempre a média de dois meses, para o mês de Junho consideramos os preços das importações feitas em Maio e Abril que foram os meses em que os preços internacionais de todos os derivados (do petróleo) dispararam. Se este abaixamento que está-se a verificar agora vai ser sentido não será na revisão que será feita em Julho, será em meses posteriores”.

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