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Autárquicas 2018: Renamo inscreve-se para as quintas eleições municipais, o primeiro escrutínio sem Afonso Dhlakama

O maior partido da oposição moçambicana, a Renamo, que vai realizar as primeiras eleições sem o seu líder, Afonso Dhlakama, falecido há mais de um mês, inscreveu-se, na terça-feira (19), para concorrer nas quintas eleições autárquicas, agendadas para 10 de Outubro do ano em curso.

Sem avançar pormenores, o partido disse que tem uma estratégia para conquistar o grosso das 53 autarquias locais no país, como forma de honrar Afonso Dhlakama e preservar os ensinamentos por ele deixados.

O anúncio foi feito pelo mandatário desta formação política, André Magibire, depois de formalizar o interesse da “Perdiz”, na Comissão Nacional de Eleições (CNE), em Maputo, em concorrer nas eleições em questão.

Ele, que é igualmente deputado pela bancada parlamentar da Renamo na Assembleia da República (AR), disse a jornalistas que a inscrição significa que “estamos preparados” para participar no próximo escrutínio.

Dhlakama perdeu a vida vítima de doença a 03 de Maio último, nas matas da Serra da Gorongosa, em Sofala, onde estava aquartelado e negociava com o Governo.

Um dos resultados dessas negociações foi testemunhado a 24 de Maio, com a aprovação da revisão pontual da Constituição da República.

Neste contexto, entre esta quinta e sexta-feira será apreciado e aprovado o novo pacote eleitoral.

“O nosso objectivo é honrar o nome e a alma do presidente Afonso Dhlakama. Serão as primeiras eleições sem ele em vida e a melhor forma de” colocar em prática os seus ensinamentos é “arrancarmos muitos municípios” que estão sob gestão do partido no poder, a Frelimo, e alguns nas mãos do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

Segundo Magibire, a estratégia para vencer será a mesma usada na eleição intercalar autárquica da cidade de Nampula, a 14 de Março passado. “Ganhámos com uma maioria esmagadora”.

Das 53 autarquias locais existentes no país, a Renamo administra apenas Nampula. As outras três, nomeadamente Beira, Quelimane e Gúruè, estão sob gestão do MDM. As restantes 49 estão nas mãos da Frelimo.

Os cabeças de lista para presidente de municípios e membros das assembleias municipais serão escolhidos nas conferências provinciais, a terem lugar numa data não especificada, de acordo com Magibire.

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