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Moçambicana estuprada em Portugal, seis meses após duas portuguesas terem sido assassinadas em Moçambique

Um cidadã moçambicana com aproximadamente de 30 anos de idade foi abusada sexualmente, despojada dos seus bens e largada à sua sorte por um taxista português com cerca de 50 anos, na semana passada, em Lisboa. O caso, que acontece seis meses depois de uma jovem e uma idosa portuguesas de 28 e 70 anos, respectivamente, terem sido mortas nas províncias de Sofala e Manica, chegou ao conhecimento das autoridades lusitanas e moçambicanas, e já está sob investigação.

O abuso sexual ocorreu na madrugada de 03 de Junho corrente. Consumado o acto, o estuprador abandonou a vítima na zona da Praia do Guincho, em Cascais, de acordo com um comunicado emitido pela Embaixada de Moçambique em Portugal.

A entidade diz no mesmo documento que, das diligências feitas junto das autoridades portuguesas, apurou que, efectivamente, houve cópula forçada e acompanha o caso de perto para o devido esclarecimento.

Segundo o jornal português Correio da Manhã, a moçambicana fez “exames médico-legais de comprovação da violação”. Ela estava hospedada no Estoril. “Na madrugada de domingo, a mulher deslocou-se a Lisboa com amigos e esteve em discotecas e bares do Cais do Sodré”, tendo saído por volta das 04h00 e solicitou serviços de táxi.

Este episódio dá-se numa altura em que as relações diplomáticas entre Moçambique e Portugal recuperam-se do “tremor” por conta da demora no esclarecimento do rapto, a 29 de Julho de 2016, do empresário Américo António Melo Sebastião, no distrito de Marínguè, província de Sofala, por indivíduos não identificados.

Portugal tem-se manifestado indignado com a alegada demora e o mutismo do Governo moçambicano em relação ao caso, segundo o jornal Público de Portugal. O mesmo avançou que, apesar do “um blackout quase absoluto” em torno do assunto, a contraparte portuguesa avisou que não se vai deixar vencer pelo cansaço.

Enquanto isso, em Dezembro passado, uma empresária portuguesa de 28 anos, que respondia pelo nome de Inês Botas, foi ameaçada com recurso a uma réplica de pistola, raptada e roubada os seus pertences por três jovens, na cidade na Beira, província de Sofala. De seguida, ela foi atirada viva ao rio Púnguè, a uma altura de pelo menos 10 metros, com os braços e as pernas amarrados.

Na sequência deste crime, três jovens com idades entre 21 e 24 anos foram detidos na posse dos pertences e do dinheiro da vítima. No mesmo mês, uma outra portuguesa com mais de 70 anos, que vivia sozinha, morreu na província de Manica, na sequência de um assalto à sua residência.

Em Agosto de 2017, indivíduos desconhecidos e a monte assassinaram um cidadão de nacionalidade portuguesa, com recurso a uma arma de fogo, na cidade na Beira, e apoderaram de alguns bens e dinheiro.

O homem, de 45 anos de idade, respondia pelo nome de João Filipe da Silva e encontrou a morte na sua própria casa, no bairro de Macurungo.

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