Seis funcionários afectos à Escola Primária e Completa de Mutaunha, em Nampula, recolheram aos calabouços, na semana finda, acusados de falsificação de documentos e alteração de categorias profissionais com vista a auferirem, fraudulentamente, salários acima dos que tinham por direito. Recorrendo a essa artimanha, eles lesaram o Estado em cerca de dois milhões de meticais.
A detenção dos visados, cujas identidades fornecidas ao @Verdade omitimos por observância do princípio de presunção de inocência, ocorreu a 30 Maio passado.
A Procuradoria Provincial de Nampula ordenou a detenção dos referidos trabalhadores porque “existe matéria bastante do seu envolvimento no montagem do esquema que culminou com o desvio de cerca de dois milhões de meticais em benefício próprio. Não se justifica que quanto mais combatemos este tipo de crime haja mais servidores públicos envolvidos”, contou a nossa fonte.
O @Verdade apurou ainda que, para lograrem os seus intentos, os iniciados entraram em conluio com outros dois trabalhadores, sendo um ligado ao sistema de pagamento de salários e outro dos recursos humanos, aos quais pagaram suborno como forma de se manterem calados.
De 2014 a 2016, eles alteraram as categorias profissionais a seu bel-prazer e, por via disso, recebiam salários indevidos e acima dos que por lei deviam auferir.
A fraude chegou aos ouvidos Gabinete Provincial de Combate à Corrupção em Nampula, que encetou diligências no sentido de apurar o que tinha acontecido naquele estabelecimento de ensino público.
Ao todo foram visadas 22 escolas públicas e “quando o trabalho for concluído mais funcionários podem ainda cair” nas mãos das autoridades por práticas a que nos referimos, frisou o nosso interlocutor.