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500 aldeias moçambicanas vão beneficiar do processo de migração digital via satélite

500 aldeias moçambicanas vão beneficiar do processo de migração digital via satélite

Foto de Fim de SemanaO distrito de Marracuene, na província de Maputo, testemunhou, no domingo, 13 de Maio, o lançamento do projecto de televisão via satélite para as aldeias moçambicanas, implementado no quadro do Plano de Acção do Fórum de Cooperação África-China 2016-2018.

À luz deste projecto, avaliado em 3.8 milhões de dólares e que vai contemplar 10.000 aldeias no continente africano, Moçambique deverá receber, da China, 500 televisores e 1.000 projectores, que funcionam à base da energia solar, bem como 10.000 set-top boxes.

O acesso à televisão via satélite, por parte das comunidades das 500 aldeias beneficiárias, vai reforçar o princípio orientador do processo de migração digital em curso no País: a inclusão.

De acordo com o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, a selecção das aldeias a ser contempladas pelo projecto foi feita, tendo em conta critérios previamente definidos, como, por exemplo, possuir um mínimo de 150 famílias residentes na aldeia, ter energia eléctrica, entre outros.

Na ocasião, Carlos Mesquita considerou que o alcance do projecto deve ser visto pelo impacto que vai causar ao conectar as comunidades moçambicanas, que passarão a ter mais uma ferramenta essencial ao exercício do direito à informação.

“É nossa visão que uma comunidade informada é um passo importante para o exercício pleno da cidadania e tomada de decisões para o desenvolvimento local, nacional e internacional”, justificou o ministro, para quem, com a implementação deste projecto, as comunidades moçambicanas estarão mais preparadas para participar no debate nacional, bem como nos processos de integração regional e da globalização.

Entretanto, com vista a garantir qualidade e regularidade dos serviços, Carlos Mesquita chamou à atenção para a necessidade de os técnicos envolvidos assegurarem “a instalação de equipamentos de qualidade, em condições adequadas, sem descurar o estabelecimento de um mecanismo de assistência técnica e reparação de eventuais avarias”.

Por seu turno, o embaixador da China em Moçambique, Su Jian, referiu que este projecto, cuja cerimónia de lançamento em Moçambique esteve inserida no âmbito da visita do Presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, Li Zhanshu, eleva o nível das relações sino-moçambicanas, caracterizadas pelo seu rápido desenvolvimento em todas as áreas.

“Os governos dos dois países continuarão a alargar os canais, melhorar o ambiente e criar as melhores condições para aprofundar a cooperação nas áreas de capacidade productiva, recursos humanos, infraestruturas, agricultura, entre outras”, garantiu Su Jian.

Refira-se que Moçambique é o primeiro país da África subsaariana e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a beneficiar deste projecto, que vai gerar 550 postos de trabalho directos e outros tantos indirectos.

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