Pelo menos 18 pessoas morreram e 80 ficaram feridas nos três meses de combates no sul da Líbia entre diversas tribos e os dois governos, o apoiado pela ONU em Trípoli e o estabelecido em Tobruk, segundo informaram fontes médicas.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, um dos médicos responsáveis pelo hospital na cidade de Sebha se queixou da falta de recursos e afirmou que há civis entre as várias vítimas.
Desde 4 de fevereiro Sebha é palco de combates intermitentes entre o clã árabe de “Awlad Sulaiman” e tribos tebu, que controlam a parte oriental da fronteira sul da Líbia. Awlad Sulaiman acusa os tebu, que têm relações de sangue com clãs no Chade e Níger, de contarem com o apoio de grupos armados provenientes desses países e da região sudanesa de Darfur.
Assentados nas cidades de Sebha e Kofra, os tebu sofreram o desprezo do líder líbio Muammar Kadafi, deposto em 2011, que nas décadas de 70 e 80 os utilizou como tropas de assalto na guerra no Chade.
Os integrantes de Awlad Sulaiman contaram com o apoio do ditador e agora pediram amparo ao Executivo respaldado pela ONU em Trípoli, que prometeu formar “uma força militar para assegurar e proteger a região sul de todos os perigos e apoiar a força do governo na região do sul e proporcionar tudo o que for necessário”.