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Malária aumenta no país mas mata menos que antes

A malária contaminou 9.981.277 pessoas em Moçambique, em 2017, o que representa um aumento de 17% em relação ao ano antepassado, em que houve 8.520.376 doentes. Contudo, as mortes reduziram 33%, ao caírem de 1.685 para 1.114, principalmente em pacientes que se encontravam internados.

A malária grave, ou seja, aquela cujos enfermos necessitam de internamento reduziram em 11%, ao passar de 80.829 para 72.309 casos, entre os dois períodos em comparação.

De acordo com Nazira Abdula, ministra da Saúde, o grosso de infecções aconteceu nas províncias de Gaza, Inhambane, Manica e Tete.

No país, o paludismo ainda continua a ser um dos maiores problemas de saúde pública e é mais frequente entre os meses de Dezembro a Abril de cada ano, altura em que as unidades sanitárias registam enchentes, sobretudo as pediatrias.

A situação é deveras preocupante, uma vez que, para além de interferir negativamente no desenvolvimento económico e social do país, mantém o ciclo da doença e pobreza devido ao elevado absentismo escolar e laboral e origina, também, a perda de mão-de-obra em vários sectores de trabalho, disse a governante, que falava em Maputo, por ocasião da mobilização de dadores de sangue, inserida nas actividades alusivas ao Dia Mundial de Luta Contra a Malária.

A efeméride é assinalada no dia 25 de Abril de cada ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os outros países do mundo, que estavam próximos de eliminar a doença, registaram igualmente “uma desaceleração na redução” do paludismo.

Em relação a Moçambique, Nazira Abdula disse que existe um compromisso “em fortalecer as intervenções nas áreas preventivas e curativas”, não obstante a persistência de desafios tais como a educação no sentido de a população procurar imediatamente os cuidados de saúde após o reconhecimento dos sinais e sintomas da doença (febre, mal estar geral, dores articulares, vómitos e diarreias ocasionais).

Recorde-se que dormir numa rede mosquiteira impregnada com insecticida de longa duração, aceitar a pulverização da sua casa pelo pessoal de saúde ou outro qualificado para o efeito e eliminar os focos do mosquito Anopheles – fêmea que transmite a doença – é a maneira eficaz de se estar salvo.

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