O Conselho da Federação Internacional de Futebol (FIFA) aprovou nesta sexta-feira o uso do sistema de árbitro de vídeo (VAR) no Campeonato do Mundo de 2018, na Rússia, durante uma reunião realizada em Bogotá.
“Vamos ter em 2018 o primeiro Mundial com VAR. Isso foi aprovado, decidido, estamos muito contentes com essa decisão”, disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino, em entrevista conferência de imprensa.
Dessa forma, o Conselho ratificou a decisão da da International Board (IFAB), que no último dia 3 aprovou de forma unânime a utilização do VAR com a filosofia de “mínima interferência e máximo benefício” e com o objectivo de reduzir as injustiças causadas por erros ou não percepção de incidentes sérios.
Segundo o protocolo de uso da International Board, o uso será limitado a quatro predicados: golos ou não; penaltis ou não, cartão vermelho directo e erro de identidade de jogador em uma expulsão ou advertência.
“É uma decisão muito importante, histórica, baseada na decisão da International Board. Uma decisão baseada em experimentos que fizemos em mais de mil partidas, que nos dá o certificado, com fatos muito contundentes, que o VAR ajuda o árbitro”, declarou o dirigente suíço.
Infantino garantiu que o sistema estará pronto para o Mundial e destacou que a Fifa confia no presidente da comissão de árbitros, Pierluigi Collina, para implementar o sistema na Rússia.
“Sem o VAR, um árbitro comete um erro importante a cada três partidas. Com o VAR, o árbitro comete um erro importante a cada 19 partidas. São factos. A percentagem de acerto dos árbitros hoje é de 93% sem o VAR, o que já é excelente, e com o VAR é de 99%”, detalhou.
Ainda de acordo com o presidente da Fifa, perde-se em média um minuto para que o árbitro de vídeo corrija uma decisão, tempo que é compensado por outros aspectos positivos da tecnologia.
“O que queremos é ajudar, é dar uma possibilidade a um árbitro de ter uma ajuda a mais quando tem que tomar decisões importantes. Não é possível que em 2018 todo mundo no estádio ou em casa saiba em poucos segundos se o árbitro cometeu um erro grave. Todos sabem, menos o árbitro”, argumentou.
