Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Presidente da Assembleia da República apela à ponderação dos deputados na apreciação do pacote sobre descentralização

Parlamento aprova criminalização de uniões prematuras mas não há dinheiro para manter as meninas na escola

Foto de Emildo SamboArrancaram, na quarta-feira (28), os trabalhos da VII Sessão Ordinária da VIII Legislatura da Assembleia da República (AR). A presidente deste órgão legislativo, Verónica Macamo, apelou aos deputados das três bancadas parlamentares para que discutam a proposta de descentralização, submetido pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi, com ponderação, pois, no seu entender, elenca inovações na governação do país e abre perspectivas para uma paz efectiva.

No seu discurso marcado por uma verdadeira vassalagem ao Presidente da República e ao seu Governo, a presidente do Parlamento começou por dizer que o ano de 2018 é de grandes desafios e de contínua materialização do contrato social com o povo.

Em seguida – como não poderia faltar e tem sido hábito nas intervenções dos pretensos representantes do povo – Verónica Macamo saudou o Chefe do Estado pela busca de esforços para o alcance da almejada paz efectiva, consolidação da democracia e endereçou encorajamento ao Governo por tudo o que tem feito em prol do moçambicanos.

Concentrada no dialogo político entre o Executivo e a Renamo, a chefe número um da AR disse que a proposta de descentralização e revisão pontual da Constituição da República, depositada a 09 de Fevereiro último por Filipe Nyusi, “tem o condão de configurar aspectos inovadores da governação do território, nomeadamente, províncias e distritos”.

Trata-se de um instrumento, que visa “uma maior participação e emancipação democrática na gestão do território e da coisa pública, dinamizando o desenvolvimento em prol do bem-estar das populações”, afirmou Verónica Macamo, que no fim do seu discurso teve um sinal do “concubinato” entre a instituição que dirige e o Governo: o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, e os restantes ministros colocaram-se de pé e bateram palmas.

Caso a proposta em questão seja um retrocesso no que diz respeito à consolidação da democracia, tal como defendem alguns círculos de opinião, para a presidente da AR, no mundo não há modelos de descentralização acabados ou perfeitos. “A proposta que temos é a possível, depois e várias consultas (…). Vamos aperfeiçoá-la e adaptá-la cada vez mais à nossa realidade (…)”.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts