N o âmbito da extensão do sistema de abastecimento de água às populações mais carenciadas no município de Nacala-Porto, as autoridades daquela autarquia vão construir cisternas gigantes nos respectivos povoados. Com a capacidade de conservação de mais de 75 mil litros de água cada, os referidos reservatórios serão construídos em seis comunidades, nomeadamente Mahelene, Txanga, Txanga 1 e 2, Miriane e Mutilava, zonas que, que devido à localização geográfica, que não chegaram a ser abrangidas pelo abastecimento da água canalizada proveniente da barragem local.
Chale Ossufo, que facultou esta informação ao nosso jornal, disse, sem indicar os custos envolvidos nesta operação, que, neste momento, foram já disponibilizados 6 camiões tanques disponibilizados por alguns agentes económicos locais, e que apenas se aguarda pela conclusão da planta dos reservatórios.
Segundo a mesma fonte, os carros tanques serão usados para abastecer directamente à própria população necessitada e, na época de estiagem, as cisternas, que, no período das chuvas, beneficiarão das águas pluviais. Chale referiu que os reservatórios, apetrechados de seis torneiras e serão dotados de capacidade para abastecer as populações locais durante trinta dias, e a água será apenas usada para beber e confeccionar produtos alimentares.
Os reservatórios que vamos construir tem em vista reduzir a problemática da falta de água naquele distrito, onde, por razões geológicas, é salobra e, em outras zonas, encontra- se a grandes profundidades. Neste momento, o Conselho Municipal dispõe já do material necessário para a implementação deste projecto que se espera venha a servir de alternativa viável para as populações abrangidas pela situação, enquanto se espera pela instalação da água canalizada.
Explicou o edil de Nacala-Porto, anotando que, actualmente, os bairros de Muzuane e Naherengue e a zona da praia estão a beneficiar da água proveniente do sistema de abastecimento de Mpaco, enquanto a cidade alta consome água do sistema Ntuzi., enquanto a cidade baixa as torneiras não funcionam mais de 18 horas diárias, através da barragem da Nacala-a-Velha.
Segundo apurou o nosso jornal, nos bairros periféricos onde ainda a rede local de distribuição de água não se faz sentir, foi planificada a construção, até finais deste ano, de 90 fontanários públicos, 15 dos quais estão já em funcionamento.