A vila da Macia, no distrito de Bilene, província de Gaza, viveu momentos de alvoroço e destruição, na manhã de segunda-feira (10), em consequência de uma revolta movida pelos vendedores informais, que recusavam sair das bermas da estrada.
Os vendedores informais contestam a retirada das suas barracas e bancas ao longo da Estrada Nacional número um (EN1), onde durante vários anos exerceram as suas actividades perante o olhar sereno e cúmplice das autoridades.
O caos por eles gerado foi de tal sorte que paralisaram o trânsito na EN1, entre as 9h00 e 12h00, obstruindo a via com pneus em chama, pedregulhos, troncos de árvores e outros obstáculos.
Nenhuma viatura transitava no troço compreendido entre os cruzamentos da praia de Bilene e de Chókwè. Os automobilistas foram obrigados a encontrar vias alternativas para chegarem aos seus destinos.
O edil do Município da Macia, Reginaldo Marquele, tentou dialogar com o vendedores mas foi vaiado, segundo contou ao @Verdade um dos vendedores revoltados, acrescentando que a edilidade chega a cobrar 5.000 meticais para um comerciante se instalar no mercado central.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) foi chamada para amainar os ânimos e efectuou disparado contra os manifestantes.
Resultado do referido pandemónio, uma pessoa ficou ferida no braço esquerdo, supostamente porque pretendia invadir as instalações da Polícia Municipal, segundo a PRM.
A vítima encontrava-se sob cuidados médicos até ao fecho desta edição. Várias outras pessoas foram presas, mas as autoridades policiais não especificaram o número dos visados.
Os vidros do recém-construído edifício do Conselho Municipal da Vila da Macia não escaparam da fúria dos comerciantes, tendo sido deitados a baixo.