Dois indivíduos encontram-se sob custódia da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Manica, por terem sido surpreendidos na posse de ossadas humanas, alegadamente de uma pessoa albina.
Segundo a Polícia, os suspeitos são acusados de tráficos de órgãos humanos e não revelaram onde e como conseguiram os ossos.
Um dos indiciados contou que alguém se dirigiu à sua casa e convenceu-lhe a procurar ossadas de uma pessoa albina, com a promessa de uma compensação em dinheiro.
Após aceitar a proposta, por sua vez, contactou o seu comparsa e, conseguidos os ossos, os dois dirigiram-se a um hotel, na cidade de Chimoio, onde supostamente deviam encontrar o presumível mandante ou comprador.
Mas as coisas não saíram conforme o planificado, porque quem se fez ao local é a Polícia.
O outro cidadão alegou igualmente que foi contactado por um indivíduo apenas identificado pelo nome de Samuel, o qual disse que precisava de ossadas de albinos.
“Eu disse que sou uma pessoa idónea e com responsabilidade”, narrou o indiciado, sublinhando que para convencer o mandante a desistir das suas pretensões, ele levou-o até às instalações da Procuradoria-Geral da República (PGR), para mostrar-lhes uma informação cujo teor era “não ao tráfico de albinos”.
Todavia, a corporação naquele ponto do país acredita que os suspeitos são traficantes de órgãos humanos, por isso, já lavrou o processo-crime que será remetido às autoridades judiciais para os devidos efeitos.
Recorde-se de que um indivíduo está a contas com a PRM, em Manica, e outros dois encontram-se foragidos, acusados de tentativa de matar um irmão albino, para depois vender os seus órgãos a pessoas não identificadas.