Cerca de 1.800 imigrantes foram resgatados nesta terça-feira no Canal da Sicília enquanto viajavam para a Itália, mas este número poderá aumentar nas próximas horas, uma vez que as operações que estão em curso sejam concluídas, informaram à Agência Efe fontes da guarda costeira italiana.
No total, a central operacional da guarda costeira iniciou nesta terça-feira 31 operações de salvamento em alto-mar, das quais 16 foram concluídas. As autoridades recuperaram nas operações que já foram finalizadas cerca de 1.800 pessoas, mas as fontes acreditam que este número vai aumentar depois que todo o dispositivo for concluído.
Além disso, a guarda costeira italiana coordenou a retirada e a hospitalização imediata de quatro imigrantes devido às péssimas condições físicas que apresentavam, entre eles uma mulher grávida.
Participam da operação de salvamento embarcações da guarda costeira e da marinha italiana, do dispositivo comunitário EUNavforMed e de várias organizações humanitárias como a Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a MOAS, de Malta, entre outros.
A fonte afirmou que as condições meteorológicas no Mediterrâneo Central “são bastante favoráveis”, o que provocou este novo aumento do fluxo migratório. Ontem, 6.297 imigrantes foram resgatados e nove corpos foram recuperados em embarcações que tentavam a travessia do Mediterrâneo.
Após serem resgatados, os imigrantes são transferidos para portos do sul da Itália, como o de Catânia, aonde 210 imigrantes chegaram hoje, muitos deles menores não acompanhados, e que foram salvos no domingo pela ONG “Save the Children”.
Esta nova onda de travessias migratórias acontece três anos depois da “tragédia de Lampedusa”, um naufrágio ocorrido em 3 de Outubro de 2013 no qual morreram 366 imigrantes e que supôs um ponto de inflexão no tratamento do fenómeno por parte da Itália e da União Europeia.