Trinta acidentes de viação, um mal que pela sua natureza e frequência de factores de que resulta poder consubstanciar um homicídio por negligência, deixaram um rasto de 18 mortos, 79 feridos, dos quais 40 em estado grave, entre 09 de 15 de Julho em curso, em todo o território moçambicano, sendo o excesso de velocidade a principal causa.
Este é um problema para o qual a solução tarda chegar e, visivelmente, as campanhas de sensibilização pouco fazem efeito. As vítimas, vezes em conta não nem beneficiam de indemnização, não obstante nenhuma compensação, por mais choruda que seja, restitua o direito à vida.
Para os sobreviventes, que na pior das hipóteses são reduzidas à invalidez para o resto das suas vidas e, por conseguinte, os seus dependentes entregues à própria sorte, tem bastado apenas uma assistência médica cujas despesas ficam sempre a cargo do Estado, porque os culpadas fogem das suas responsabilidades.
De acordo com o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), o número de óbitos reduziu em 15, os sinistros rodoviários em cinco, os feridos graves 13 e as vítimas com escoriações leves em 16, comparativamente a igual período do ano passado. Contudo, enquanto houver pelo menos uma pessoa a perder a vida devido a este problema a preocupação irá prevalecer.
A Polícia, posicionada em diferentes estradas do vasto Moçambique, registou, dos 30 acidentes de viação, 10 atropelamentos, 15 choques entre carros e outras ocorrências que, vezes sem conta, derivam da indisciplina protagonizada por determinados condutores. Estes, pese embora aos apelos ensurdecedores para a observância escrupulosa das regras básicas de trânsito, pautam pela desobediência.
No âmbito da imposição da ordem via pública, a Polícia de Trânsito (PT) confiscou 64 viaturas, de um total de 44.675 fiscalizadas, puniu 7.464 automobilistas por violação do Código da Estrada – o que incluiu a condução sob o efeito de álcool – e recolheu 10 cidadãos às celas por se fazerem ao volante sem habilitações para o efeito.