Noventa e sete migrantes ilegais de diferentes nacionalidades foram detidos em Misrata, a cerca de 220 quilómetros a leste de Tripoli, enquanto se preparavam para deixar uma praia no oeste da mesma cidade rumo à Europa, anunciaram as unidades de segurança de luta contra a emigração clandestina no local.
Entre estes migrantes figuram 22 mulheres de nacionalidade eritreia, segundo os serviços de luta contra a emigração de Misrata.
O director do centro de luta contra o flagelo na referida urbe, o capitão Mohamed Kouhoul, revelou que os emigrantes esperavam por um navio para o levar à Europa. O capitão Kouhoul indicou ainda que a Embaixada da Eritreia na Líbia foi contactada pela Direcção Geral da Luta Anti Emigração, e que esta última encarregou, por seu turno, um dos seus membros de tratar da questão.
A passagem marítima entre a Líbia e a Itália é actualmente a principal via usada pelos migrantes determinados a entrar na Europa aproveitando-se dum recente acordo entre a Turquia e a União Europeia que reduziu fluxos migratórios para a Grécia.
País ao mesmo tempo de trânsito e de destino da emigração, a Líbia enfrenta uma grande onda de chegadas de migrantes clandestinos desde a destituição, em Agosto de 2011, do então regime de Muamar Khadafi, após 42 aos de poder absoluto. Trata-se de um fenómeno que as novas autoridades líbias, confrontadas com o caos de segurança, têm dificuldades em regular.