A China levantou neste domingo a última peça necessária para ajustar a posição do que será o maior radiotelescópio do mundo, que será usado para explorar o espaço e ajudar na busca por vida extraterrestre, informou a mídia estatal.
O telescópio, com uma abertura esférica de 500 metros, mede o equivalente a 30 campos de futebol e está encravado numa montanha na pobre província de Guizhou, ao sudeste do país.
De acordo com Zheng Xiaonian, vice-presidente da Observação Astronómica Nacional, da Academia Chinesa de Ciências, responsável pela construção do equipamento, os cientistas agora darão início a testes do telescópio.
“O projecto tem potencial de buscar mais objectos desconhecidos, para que possamos compreender melhor a origem do universo e impulsionar a caçada global por vida extraterrestre”, disse Zheng à agência oficial Xinhua.
O telescópio que custou 1,2 biliões de yuans (180 milhões de dólares) será um líder global durante as próximas duas décadas, acrescentou Zheng. O equipamento levou cerca de cinco anos para ser construído e deverá entrar em operação em Setembro.
O avanço do programa espacial da China é uma prioridade para Pequim, com um apelo do presidente Xi Jinping para que o país se estabeleça como uma potência espacial. As ambições da China incluem colocar um homem na Lua até 2036 e a construção de uma estação espacial, cujas obras já começaram.
Embora a China insista que o seu programa tem fins pacíficos, o Departamento de Estado dos EUA destacou o crescente poderio espacial dos chineses e disse que essas actividades buscam prevenir o uso de activos no espaço por adversários numa eventual crise.