O Zimbabwe vai amnistiar centenas de presos para libertar espaço nas prisões e poupar dinheiro. O país enfrenta grave problemas económicos e com esta medida deve reduzir os gastos orçamentais direccionados à manutenção e sustento das 46 prisões.
A amnistia será dada a todas as mulheres que não foram condenadas à morte ou prisão perpétua, o que deixou a prisão feminina de Chikuribi vazia – há apenas duas mulheres condenadas à prisão perpétua no país – todos os homens com menos de 18 anos, aos prisioneiros com mais de 60 anos que já cumpriram dois terços da pena e aos prisioneiros com doenças em estado terminal.
Todos os prisioneiros condenados por roubo de gado serão perdoados, mas os condenados por homicídio, traição, violação, assalto à mão armada, carjacking, abuso sexual ou crimes violentos, assim como as pessoas que tenham sido condenadas mais de uma vez, vão continuar presos.
Ao todo, devem ser perdoadas 2 mil pessoas, segundo o jornal do Zimbabwe Herald. A superintendente dos serviços prisionais, Priscilla Mthembo, afirmou que a decisão o governo vai combater a sobrelotação das prisões.
“Nós tempos capacidade para receber 17 mil pessoas, mas temos mais de 19.900 prisioneiros”, em 46 prisões. Já foram libertadas 139 mulheres e cerca de 200 homens.
“As pessoas não devem tomar este perdão como garantido”, alertou Priscilla Mthembo, no jornal Herald., avisando que as pessoas devem aproveitar esta “segunda oportunidade” e respeitar as leis do país.