Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Governo ignora o povo mas explica as dívidas ao FMI
Parece que o discurso segundo o qual “o povo é meu patrão” não passava de conversa para boi dormir, ou melhor, historinha para acalentar o povo moçambicano que está habituado o ouvir e subscrever todas as irrealizáveis promessas do Governo de turno. Esta semana, mantendo os moçambicanos na ignorância, o Governo de Nyusi voltou aos Estados Unidos da América para dar explicação ao seu verdadeiro patrão, o Fundo Monetário Internacional (FMI), as dívidas contraídas por empresas de origens duvidosas com garantias ilegais do Estado. Com essa atitude do Governo da Frelimo fica claro que o Executivo moçambicano não passa de um bando de trapaceiro que assaltou o Aparelho do Estado. Com esse andar de carruagem, tudo indica que o povo continuará a ser mantido na ignorância, uma vez que tanto o Presidente da República quanto o Primeiro-Ministro continua a emitir esgares a partir do estrangeiro.
Tentativa de assassinato de membro da Renamo em Inhambane
O esquadrão da morte, criado pelo partido no poder para abater opositores do regime da Frelimo, prossegue em lume brando. Aliás, o mesmo parece que só vai cessar as suas actividades quando eliminar todos os moçambicanos que não coadunam com as políticas enviesadas da Frelimo. Esta semana, numa clara acção dos elementos da Polícia moçambicana, o segundo vice-presidente da Assembleia Provincial de Inhambane, António Sautane Chulo, foi crivado de balas, a poucos metros da sua residência, no bairro Rumbana 1, na cidade da Maxixe. António Chulo, membro sénior da Renamo, foi baleado pelas costas e encontra-se sob cuidados no Hospital Provincial de Inhambane (HPI). O seu estado de saúde considerado crítico e um dos três projécteis que lhe atingiram causou vários ferimentos no abdómen, havendo ainda uma bala que não foi ainda localizada. Enquanto o esquadrão da morte soma e segue, a Polícia moçambicana vai fingindo que trabalha no sentido de deter os criminosos.
Falta de responsabilização dos automobilistas assassinos
A Justiça e a Polícia moçambicanas parecem irmãos siameses quando o assunto é ineficiência. Nos dias que ocorrem e cada vez mais vai ficando visível, ambas tornaram-se, na verdade, entidades que não se deve de jeito algum recomendar a um cidadão que queira ver os seus problemas resolvidos. A título de exemplo, todos os dias são registados casos de condutores que, deliberadamente, desrespeitam as regras de trânsito e causam vários danos a pessoas – alguns dos quais irreversíveis – e a propriedades alheias. Mas, infelizmente, os infractores não são responsabilizados pelos seus actos, prosseguindo impunimente pelas rodovias do país. Só na primeira quinzena de Abril corrente, pelo menos 24 pessoas perderam a vida e 76 contraíram ferimentos, 23 das quais com gravidade, com consequência de 30 acidentes de viação. Diante dessa realidade, as autoridades policiais e da Justiça optam por assobiar para os lados, como se o problema não lhes dissesse respeito.