Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Assassinato de José Manuel
O esquadrão da morte soma e segue em Moçambique. Desta vez, a vítima de mais acto hediondo dessa esquadrão criada para abater opositores foi o recém-empossado membro do Conselho Nacional de Defesa e Segurança do Estado, e membro sénior da Renamo, José Manuel. Ele foi assassinado a queima-roupa, na cidade da Beira, província de Sofala. E, como sempre, a Polícia da República de Moçambique (PRM) não tem pista dos malfeitores. Porém, está claro que se trata de uma acção do Governo cujo objectivo é eliminar todos os opositores do regime da Frelimo, num âmbito do conflito armado que se assiste no país. Lembre-se de que o maior partido da oposição no país denunciou e condenou veementemente o assassinato dos seus membros.
Assassinato de Marcelino Vilanculo
O sindicato do crime organizado em Moçambique parece que encontrou um lugar fértil para desenvolver as suas actividades, sob olhar impávido e sereno das autoridades policiais. Nesta semana, a vítima dos seus actos macabros foi um cidadão identificado pelo nome de Marcelino Vilanculos. Vilaculos foi assassinado, com tiros à queima roupa, no município da Matola por desconhecidos. O malogrado, que em vida exercia o cargo de procurador em Maputo, representou o Ministério Público na acusação contra vários cidadãos que acabaram por ser condenados como culpados por alguns dos raptos ocorridos na capital moçambicana. Ele estaria a preparar a acusação contra o cidadão Danish Abdul Satar, suspeito de ser intermediário entre os autores morais, nos crimes de rapto. A Polícia da República de Moçambique continua a fingir que procura pistas. Quanta Xiconhoquice!
PGR não investiga empréstimos da EMATUM e Proindicus
A Procuradoria Geral da República (PGR) de Moçambique é uma autêntica vergonha nacional, uma vez que se limita a resolver crimes relacionados com roubo de galinha, ignorando assuntos que mexem com o futuro do país. Diante de uma clara violação da lei, a PGR vai assumbiando de lado, fingindo que o problema não lhe diz respeito. Ou seja, o Governo de Armando Emílio Guebuza violou a Constituição quando avalizou a dívida contraída pela Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM), junto de um banco suíço e outro russo. Na sua santa Xiconhoquice, o Executivo de Filipe Nyusi, que até hoje não se pronunciou sobre a dívida contraida violando a Lei Orçamental de 2013, assumiu o prejuízo ratificando o acordo de reversão dos títulos da dívida comercial em divida soberana do Estado. Enfim, estamos entregues a um bando de necrófagos