O governo moçambicano declarou nesta terça-feira(12) alerta vermelho institucional, por um período de 90 dias, para as regiões Centro e Sul do país, devido a seca que, actualmente, afecta cerca de 1,5 milhão de pessoas que se encontram em situação de insegurança alimentar.
A decisão, tomada durante a XII sessão ordinária do Conselho de Ministros, visa, entre outros objectivos, intensificar a assistência às populações afectadas e ampliação do espectro de intervenção do governo e parceiros. Para além destes objectivos, segundo o porta-voz do governo e vice-ministro da Saíde, Mouzinho Saíde, a decisão visa também “a disponibilização de fundos pelo governo previstos no plano de contingência 2015/2016 para o reforço da assistência às pessoas em insegurança alimentar”.
“O alerta visa ainda a mobilização de recursos adicionais junto dos parceiros para o reforço dos fundos do plano de contingência, a coordenação efectiva das acções dos diversos intervenientes no processo de assistência humanitária às pessoas em regiões afectadas”, afirmou.
Na mesma sessão, o Conselho de Ministros analisou a situação das marés vivas que afectaram, com maior incidência, as regiões centro e norte dom país.
“Na semana compreendida entre 04 e 11 de Abril, verificou-se a ocorrência de marés vivas ao longo da costa, nas zonas Centro e Norte do país, resultantes de um fenómeno natural normal nesta época do ano”, disse o porta-voz, explicando que o mesmo resulta da sobreposição do sol e da lua, provocando um excesso de pressão gravitacional.
Parte mais visível deste fenómeno, segundo a fonte, registou-se na cidade da Beira, província de Sofala, onde 70 famílias foram obrigadas a abandonar as suas casas que ficaram inundadas. “Impactos similares ocorreram na Ilha de Moçambique, na província de Nampula, e no distrito de Mecúfi, cidade de Pemba e vila da Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado”, disse.