A China pretende demitir 5 a 6 milhões de trabalhadores de empresas estatais nos próximos dois a três anos como parte dos esforços para reduzir o excesso de capacidade produtiva e reduzir a poluição, afirmaram duas fontes.
O governo chinês, obcecado em manter a estabilidade e assegurar que demissões em massa não levem a revoltas, vai gastar quase 150 biliões de iuans (23 biliões de dólares) em indemnizações apenas nos sectores de carvão e aço nos próximos dois a três anos. O número total deve subir uma vez que os encerramentos ocorrerão em outros sectores e mais recursos serão necessários para lidar com a dívida deixada para trás por estatais “fantasmas”.
O termo refere-se a empresas que fecharam algumas das suas operações mas mantiveram trabalhadores nos seus quadros uma vez que os governos locais do país estão preocupados sobre o impacto social e económico de falências e desemprego. O encerramento das estatais fantasmas tem sido apontada como uma das prioridades do governo este ano.
O governo planeia demitir 5 milhões de trabalhadores em indústrias que sofrem com excesso de capacidade produtiva, disse uma das fontes que tem relações com a liderança da China.
Uma segunda fonte afirmou que o número de demissões é de 6 milhões. O Ministério da Indústria não respondeu de imediato a pedidos de comentário sobre o assunto.
O sector estatal empregava cerca de 37 milhões de pessoas em 2013 e representa cerca de 40 por cento da produção industrial da China e quase metade dos empréstimos bancários. Na segunda-feira, o ministro de recursos humanos e seguridade social, Yin Weimin, afirmou que a China espera demitir 1,8 milhão de trabalhadores nas indústrias de carvão e aço, mas não citou prazos.