Quase sete milhões e 500 mil cidadãos nigerinos foram às urnas neste domingo para eleger um Presidente da República e deputados da Assembleia Nacional, o Parlamento do Níger. O escrutínio decorreu de forma ordeira, apesar de algum atraso constatado na abertura das assembleias de voto na capital do país, Niamey, e em várias localidades do país.
As assembleias de voto abriram às oito horas e as operações de votação foram encerradas às 19 horas exceto para a província de Diffa (extremo leste) e a de Bilma (extremo norte) onde estas aconteceram uma hora antes.
Segundo vários observadores, estas eleições serão marcadas por uma taxa de participação recorde pois, avançaram, longas bichas foram visíveis a nível de várias assembleias de voto enquanto as operações eleitorais acabavam de iniciar.
No total, 15 candidaturas às presidenciais e 43 partidos políticos e independentes para as legislativas dos quais oito independentes, foram validados pelo Tribunal Constitucional para estes dois escrutínios.
Entre os candidatos em competição figura o Presidente cessante Issoufou Mahamadou, que disputa um segundo mandato, o seu adversário de 2011, Seini Oumarou, Mahamane Ousmane, primeiro chefe de Estado nigerino eleito democraticamente em 1993 e derrubado três anos mais por um golpe de Estado.
Também ambicionam a cadeira presidencial o ex-presidente do Parlamento nigerino, Hama Amadou (de 2011 a 2014), e o ex-ministro de Estado encarregue do Planeamento, Amadou Boubacar Cissé (de 1995 a 2002).
Vários observadores das eleições enviados por organizações sub-regionais, regionais e internacionais, nomeadamente a União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)e a União Africana (UA), já estão na capital nigerina.
Quase seis mil observadores, dos quais vários Nigerinos e estrangeiros, foram mobilizados para supervisionar as operações de voto, segundo o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Ibrahim Boubé.
Organizações de defesa dos direitos humanos e da democracia bem como as associações religiosas do país apelaram aos actores políticos para darem prova de maior responsabilidade a fim de que as eleições sejam credíveis e apaziguadas.