Cinco viaturas civis que circulavam na Estrada Nacional nº1(EN1) foram atacadas, no troço entre o rio Save e Muxúnguè, no distrito de Chibabava, na província de Sofala, na manhã desta quinta-feira(11), por homens armados não identificados. Este é o terceiro ataque contra civis atribuído, pelo Governo, à homens armados do partido Renamo em menos de um mês.
Os ataques, onde não houve vítimas mortais mas alguns feridos ligeiros entre os oito ocupantes das viaturas, são atribuídos pelas autoridades locais aos homens armados do partido Renamo.
“?Atacaram quatro carros. O primeiro foi às 6:30 horas contra uma viatura que seguia de Maputo para Nampula (sentido sul-norte). Os ocupantes do carro sofreram ferimentos ligeiros causados por estilhaços de vidros. O segundo foi as 6:50 horas. O terceiro as 6:55 e o quarto por volta das 7:00 horas, também sem registo de mortes, mas sim ferimentos ligeiros?”, explicou Domingos Fernando, o chefe do posto administrativo de Muxúngue, à Rádio Moçambique. Uma das viaturas ficou com o tanque de combustível furado, obrigando os proprietários a procurar uma oficina local para a reparação.
Domingos Fernando garantiu que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) já se encontram no terreno para o restabelecimento da ordem e segurança.
O porta-voz da Polícia República de Moçambique (PRM) em Sofala, Sididi Paulo, também atribuiu os ataques aos homens armados da Renamo contudo referiu terem sido baleadas cinco viaturas.
Contactado pela agência Lusa, o porta-voz do partido Renamo, António Muchanga, disse não estar informado sobre o incidente, acrescentando que recebeu a notícia pela comunicação social.
O departamento de segurança e defesa do partido de Afonso Dlakhama anunciou na segunda-feira a intenção de instalar postos de controlos nas principais estradas do centro de Moçambique, para travar a onda de raptos e execuções de seus membros.
Em reacção, a Polícia moçambicana assegurou no dia seguinte que vai impedir, usando todos meios, os postos de controlo anunciados pela Renamo Nos últimos meses, Moçambique tem conhecido um agravamento da violência política, com relatos de confrontos entre o braço militar do partido Renamo e as forças de defesa e segurança, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.
Este é o primeiro incidente ocorrido neste troço, este ano, o que traz a memória os violentos ataques de guerrilheiros do principal partido da oposição que entre 2013 e 2014 condicionaram a ligação rodoviária entre o sul e resto do país.