A governadora da capital moçambicana, Iolanda Cintura, assume que a criminalidade aumentou em cinco porcento, em 2015, comparativamente a 2014, mas não diz em que ponto se encontram, no que tange ao esclarecimento, os casos relacionados com a morte de Gilles Cistac, Paulo Machava, Dinis Silica, entre outros homicídios cujos mentores continuam à solta.
No ano passado, a Polícia da República de Moçambique (PRM) esclareceu 7.551 crimes, o que corresponde a um desempenho 81 porcento, deteve 7.234 pessoas por prática de vários delitos e recuperou diversos bens, disse Iolanda Cintura, na abertura do IX Conselho Ordinário do Comando da PRM em Maputo.
No mesmo período, foram desmanteladas 283 quadrilhas que se dedicavam ao crime, das quais 140 actuavam com recurso a armas de fogo, e o executivo da capital do país está a desenhar um plano para garantir que os citadinos vivam em segurança. Todavia, exige-se, segundo a governante, a colaboração destes com as autoridades policiais e a disseminação do conhecimento sobre os direitos fundamentais do cidadão “para que evitemos todas as práticas incorrectas e anti-éticas”, tais como sejam a corrupção e a justiça pelas próprias mãos.
Refira-se que, para além de crimes de outra natureza, Maputo tem sido por uma onda de raptos, desde 2011, cujo pico parece ter sido entre 2014 e 2015, altura em que inúmeras pessoas foram sequestradas durante o dia, inclusive em bairros nobres onde se supõe que a segurança é maior.