O preço do barril da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) registou na sexta-feira uma nova queda, de 2,69 % em relação à sessão anterior, e baixou para 25 dólares, informou o grupo com sede em Viena. Esta baixa está a originar a redução dos preços dos combustíveis derivados em todo mundo porém em Moçambique o Governo não reflecte essa redução nos bolsos dos cidadãos.
O preço da commodity da OPEP acumulou a sua quarta baixa consecutiva e está no valor mais baixo desde Setembro de 2003. Desde Maio do ano passado, o petróleo da OPEP regista uma forte tendência de baixa, que o fez perder desde então quase 40 dólares norte-americanos por barril.
O baixo nível dos preços deve-se a um excesso da oferta nos mercados, com a que a Arábia Saudita, “peso pesado” da EPEP, pretende tirar do mercado produtores alternativos de petróleo mais caro, sobretudo nos Estados Unidos da América.
A isso acrescenta-se a perspectiva de uma breve alta das exportações do produto da parte do Irão, após a esperada retirada das sanções internacionais contra esse país no marco do acordo nuclear pactuado em Julho passado.
Entretanto em Moçambique o Executivo de Filipe Nyusi mantém o preço dos combustíveis que não são alterados desde 2011, quando o barril da OPEP custava 120 dólares norte-americanos.
Em Dezembro, quando o preço do barril desceu dos 40 dólares, o ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, afirmou que o preço não mudava no nosso país pois além do custo do barril era necessário analisar o impacto da taxa de câmbio do dólar, que na altura começava a reduzir a sua apreciação em relação ao metical, situando-se perto do 50 meticais por cada dólar e hoje está cotado em cerca de 45 meticais.