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Cidadão com albinismo assassinado e esquartejado na Zambézia

Após um período de relativa calma os cidadãos portador de falta de pigmentação na pele voltam a estar na mira dos seus “caçadores” que no passado sábado(09) assassinaram mais um moçambicano que sofre de albinismo, desta vez no distrito de Chinde, na província da Zambézia, tendo esquartejado a vítima e levado partes do finado.

A vítima, de acordo com a Rádio Moçambique, terá sido assassinada por indivíduos desconhecidos na sua machamba com recurso a uma arma branca.

Consumado o crime os meliantes esquartejaram o corpo da sua vítima, um cidadão adulto, e levaram consigo a cabeça, alguns membros e órgãos do finado cuja identidade não foi revelada.

Ainda de acordo com a rádio estatal no mesmo distrito, na passada quarta-feira(06), um outro cidadão que sofre de albinismo, um adolescente, foi raptado durante a noite sendo desconhecido o seu paradeiro até à data.

Desde finais de 2014 que uma onda de rapto e assassinato de pessoas portadoras de albinismo, para retirada de partes do seu corpo e posterior venda, assola Moçambique, com incidência nas províncias do Norte.

Um relatório da Cruz Vermelha Internacional revelou em 2015 que curandeiros africanos pagam 75 mil dólares norte-americanos (cerca de 2,5 milhões de meticais) por um conjunto completo de órgãos de um albino, para usá-los em feitiços que acreditam trazer boa sorte, amor e riqueza.

Em finais de Novembro de 2015 o Governo de Filipe Nyusi aprovou, em Conselho de Ministros, um plano de “de acção de curto, médio e longo prazo, para a protecção de pessoas com albinismo”. Contudo não são conhecidas acções em curso para proteger os moçambicanos portadores deste doença e que continuam à mercê dos criminosos.

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