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Violações sexuais e acidentes de viação tiram sono à ministra da Saúde

As festas de Natal e de fim do ano foram para esquecer para algumas famílias cujas suas crianças foram abusadas sexualmente e noutras os seus membros envolveram-se em acidentes de viação. Os 91 casos de abuso sexual, registados na quadra festiva de 2014 para 2015, aumentaram para 130, de 2015 para 2016, em diferentes pontos de Moçambique. Nazira Abdula, ministra da Saúde, disse na segunda-feira (04), em Maputo, que o aumento foi de 24% e isto “preocupa-nos”, sobretudo porque as vítimas de estupro, por exemplo, incluem até menores de cinco de idade.

Metade dos casos acima referidos “afectaram crianças de zero a 14 anos de idade e houve menores de cerca de cinco anos de idade”, disse a governante e acrescentou que “continua a haver mais traumas por acidentes de viação e agressões físicas”. Na última quadra festiva, maior número de situações deu-se nos dias 25 de Dezembro e 01 de Janeiro.

Contudo, apesar destes problemas, no geral, a quadra festiva foi calma. Entre 2014 e 2015 e deste ano para 2016 houve uma redução de diferentes traumas em 5%. As unidades sanitárias estiveram à altura de responder às necessidades da população. “Foi tudo bem feito, mas queremos excelência”.

No que tange ao uso de objectos pirotécnicos, houve uma redução de 138 casos para 38. O caso mais relevante aconteceu em Pemba, província de Cabo Delgado, onde um cidadão perdeu os dedos de uma das mãos.

Os acidentes relacionados com as queimaduras, mordeduras e quedas também diminuíram, bem como a intoxicação alimentar, pese embora nesta época de calor os alimentos deteriorem-se com facilidade, o que requer uma atenção redobrada por parte dos cidadãos.

Em termos da disponibilidade de sangue, “tivemos três mil pedidos” mas as unidades sanitárias atender a todos os pedidos porque os cidadãos foram sensíveis e aderiram às campanhas de doação do líquido vital desencadeadas pelo Ministério da Saúde (MISAU). Neste contexto, Nazira Abdula agradece àqueles que minimizaram a escassez de sangue nos hospitais e contribuíram para salvar vidas.

A saúde dispõe ainda de um remanescente de 1.200 unidades de sangue para eventuais necessidades, disse a ministra.

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