De pouco mais de duas mil escolas primárias e secundárias existentes na província de Nampula, mais de metade foram erguidas com base em material precário, o que não só torna as actividades de ensino e aprendizagem um sofrimento, uma vez que os alunos são instruídos de tronco curvado no chão, como também deixa as mesma infra-estruturas propensas à destruição pelas calamidades naturais, sobretudo nesta época de chuvas e ventos fortes.
Esta informação foi dada a conhecer pelo director provincial da Educação e Desenvolvimento Humano de Nampula, Raúl Nhamunhe, que falava a jornalistas um dia depois de se ter reunido com os directores distritais deste sector.
Além da precariedade das salas, Nhamunhe disse que muitos alunos continuam a assistir às aulas sentados no chão dada a insuficiência de carteiras nas escolas.
Entretanto, o Governo tem estado a veicular, através de certos órgãos de informação, que o problema da falta de carteiras nas instituições de ensino público está quase resolvido, o que parece não corresponder à verdade, principalmente nas escolas da zona rural.
Segundo Nhamunhe, para aliviar o sofrimento a que os alunos estão sujeitos em Nampula, dada a falta de carteiras, a Educação tem como desafio, no próximo ano, apetrechar quase todas as escolas, mormente as de construção com material convencional.
Aquele responsável destacou a cidade de Nampula “nenhuma criança vai se sentar no chão para assistir às aula. Este ano, construímos 200 salas de aulas e alocamos 2.400 carteiras”.
Em 2016, a província de Nampula, prevê construir 47 escolas, sendo 36 primárias do segundo grau, oito primárias do primeiro grau e três secundárias. Destes últimos estabelecimentos de ensino, um na cidade, outro no distrito de Meconta e outro ainda em Muecate.