O Exército nigeriano comutou para 10 anos de prisão as penas de morte infligidas a 66 soldados, condenados por revolta na presente guerra contra o grupo terrorista Boko Haram, no nordeste do país.
O porta-voz do Exército, o coronel Sani Usman, declarou, num comunicado, que as penas foram comutadas na sequência duma ordem emitida pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Tukur Buratai.
O coronel Usman indicou que a directiva foi executada e foram formuladas recomendações a Buratai após exame minucioso de cada caso. Os soldados foram condenados no ano passado à pena capital por tribunais militares por revolta e outras infracções conexas.
A guerra contra o terrorismo provocou a deserção de vários soldados dos teatros de operações alegando que eles não dispunham de armas adequadas para fazer face aos rebeldes bem equipados.
No entanto, os casos de deserção terminaram desde a mudança na magistratura suprema do Estado, a 29 de maio de 2015, que permitiu a um antigo general do Exército, Muhammadu Buhari, aceder à Presidência da República e tornar-se assim no chefe supremo das Forças Armadas.