Onze meses depois de tomar posse como o quarto Presidente de Moçambique, e pouco mais de nove meses após assumir a presidência do partido Frelimo, “sente-se ainda uma grande timidez da parte do Presidente Nyusi, talvez porque ainda não tem a força e o controle total sobre a máquina governativa e partidária”, diz em entrevista ao @Verdade o professor Luís de Brito, que sugere uma antecipação do Congresso da formação política no poder “não só para a renovação das equipas dirigentes dos órgãos mas para uma clarificação da linha política”. Sobre a tensão política e militar o professor de Antropologia e Sociologia da Política afirma que “do lado do Governo não basta dizer que estamos abertos ao diálogo” e alerta para também para a “insatisfação crescente decorrente do aumento dos preços(…) Eu diria até que isto é muito mais grave até do que a tensão com a Renamo, porque aqui vai tocar profundamente na sociedade ”.